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Segundo turno

Editorial do Jornal Pequeno

A iminência de um segundo turno em São Luís deixa à mostra algumas incongruências de uma campanha eleitoral. A primeira delas é o tempo de propaganda permitido na legislação e a forma como ele é distribuído, com base no número de partidos de cada coligação e/ou de parlamentares.

Partidos são comprados a granel para garantir alguns segundos a mais de propaganda para candidatos no rádio e na televisão. Este é o primeiro ato de abuso de poder político e econômico nas campanhas políticas, mas tolerado pela legislação e por aplicadores da lei que fingem que ele não acontece. Trata-se de grave fissura na legislação eleitoral que favorece os mais fortes, os que têm mais dinheiro e poder, pois terão tempo e espaço para expor seus programas e plataformas políticas, atacar adversários e tornar mais atrativos os horários gratuitos de suas campanhas.

Com tempo restrito no rádio e na televisão, o candidato da coligação ‘Pra fazer muito mais’, João Castelo, assistiu, impotente, a sete outros candidatos massacrarem sua administração e sua imagem e só pode elencar as realizações de sua administração em bloco e por meio da própria fala. No segundo turno, com os mesmos 30 minutos diários de quem quer que seja seu adversário, Castelo vai poder mostrar uma por uma as ruas que foram asfaltadas e avenidas pavimentadas, como estavam e como estão agora, as mudanças na sinalização de trânsito, o exato teor de cada um dos seus projetos, concluídos, em andamento ou em fase de conclusão.

Vai ter tempo também para responder acusações, principalmente falsas acusações como as de que o projeto do VLT não foi licitado, não tinha licença ambiental, estava impedido no IPHAN e, ainda por cima, seus trilhos iam atravessar bem no meio de um posto de gasolina. Poderá levar a seu programa o povo que o apoia para mostrar a enorme diferença entre os resultados positivos de sua administração em termos de qualidade de vida da população, como o fim dos canais de lama e fedentina em São Luís, dos alagamentos no Mercado Central, no Renascença e em outros pontos da cidade.

Num segundo turno, já não serão sete, mas apenas um candidato a enfrentar. E a experiência administrativa do prefeito, que, como governador do Maranhão, fez grandes obras como o Castelão, conjuntos Maiobão e Cidade Operária, Hospital Carlos Macieira, do Servidor Público e a obra definitiva do Italuís se somará ao que ora realiza na Prefeitura.

De qualquer modo, o primeiro turno da eleição chega ao fim e com ele o povo mais uma vez se enche de esperanças de que seja quem for o eleito ele saberá pensar e fazer o melhor para o povo de São Luís. A cidade cresceu desordenadamente, chegou a um milhão de habitantes, é quase uma metrópole com seus milhões de automóveis e fica cada vez mais difícil de administrar. Em virtude de tudo isso, que o povo acerte e escolha o melhor.

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