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Roseana fala em futuro, mas ninguém esquece o passado tenebroso dos seus governos

Durante reunião com seu grupo político na casa da família em São Luís onde anunciou que será candidata ao governo do Maranhão pela sexta vez, Roseana Sarney deu algumas declarações que merecem ser analisadas comparado à verdade e a história.

O primeiro aspecto, antes de falar do passado que condena a ex-governadora, é necessário colocar à tona que ao se solidarizar com o ex-presidente Lula no seu discurso, Roseana ignorou seu principal aliado, o presidente Michel Temer. Em Brasília, José Sarney se reúne frequentemente para garantir recursos à campanha da filha, porém tanto ele quanto a filha fazem questão de esconder aqui que no plano local são aliados do presidente. Ingratidão, deslealdade e incoerência de pai e filha, marcas que são inerentes ao perfil da oligarquia.

Outro detalhe chamou atenção no discurso da ex-governadora. Ao lado do que mais existe de atrasado na política do Maranhão, Roseana falou de escândalos no governo Flávio Dino sem olhar para os que se sucederam nos seus mandatos. Quem não lembra da estrada fantasma Paulo Ramos a Arame onde Roseana mandou pagar indevidamente 33 milhões de dólares para duas empreiteiras e a obra não saiu do papel.

Outro escândalo de corrupção de tantos do governo da princesa da oligarquia marcou o golpe do pólo têxtil de Rosário, que levantou 24 milhões de dólares de empréstimos da SUDENE junto ao BNB e enganou cerca de 4 mil homens e mulheres humildes de Rosário e região. Isso sem falar da liberação de 70 milhões de dólares, via BNB, para a empresa baiana Coesa implantar o projeto de irrigação de Salangô, em São Mateus, que foi abandonado.

O mais recente refere-se ao “caso Sefaz”, que investiga o desvio de verbas do estado por meio de precatórios inexistentes. Ou seja, de corrupção, falcatrua e maracutaia Roseana tem toda autoridade e conhecimento para tratar.

Num discurso sofrível e arrastado – mais uma vez mostrou sua total falta de preparo e conhecimento – Roseana Sarney reconheceu que cometeu erros em suas administrações e sem o maior remorso pediu mais uma chance. Ela, sem o mínimo de pudor e peso de consciência, deseja uma quinta chance de governador o estado depois de ter deixado 2 milhões de maranhenses abaixo da linha de miséria (renda per capita de R$ 70 por mês); 64% da população passando fome e as três piores cidades do país em renda per capita localizadas no Maranhão. Além do mais, Roseana deixou apenas 6,5% dos municípios com rede de esgoto. Dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas, segundo o IBGE, dez estavam situados no Maranhão.

Em 2012, no governo de Roseana Sarney, o Maranhão tinha a segunda maior taxa de analfabetismo de jovens e adultos, com 20,8% da população de 15 anos ou mais sem saber ler e escrever e altas taxas de mortalidade infantil.

Já no último mandato de Roseana, ônibus eram queimados e cabeças decapitadas em Pedrinhas fazendo de São Luís uma das capitais mais violentas do mundo.

Deve ser por isso, com toda essa herança maldita, que para uma plateia esvaziada formada de apenas três prefeitos, deputados da família e muitos ‘ex’, Roseana reconheceu que esta será uma eleição difícil dado todo o lastro de maldade que suas gestões propiciaram aos maranhenses.

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