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No Maranhão, tudo gira em torno de Dino vs. Sarney

No Maranhão, dois grupos antagônicos disputam o governo no que tem sido tratada como uma briga icônica que mobiliza prefeituras e se alastrou para a corrida pelas duas vagas do Senado Federal.

Um dos grupos é capitaneado pelo atual governador Flávio Dino (PC do B) que tenta a reeleição em uma coligação de 16 partidos, incluindo o PDT de Ciro Gomes, o PT de Fernando Haddad, além de legendas do Centrão — DEM, PTB, PP, PR e SD—, que nacionalmente estão com Geraldo Alckmin (PSDB), mas preferiram Dino ao candidato tucano, Roberto Rocha.

Do outro lado, a família Sarney tenta retomar o controle do estado com a candidatura de Roseana Sarney (MDB), filha do ex-presidente José Sarney. Roseana, que já governou o Maranhão por quatro vezes, tem o apoio de cinco partidos, incluindo o PV, o PSC e o PRP.

A disputa pelo governo tinha tudo para ser acirrada. No final de agosto, o candidato do PC do B tinha 43% das intenções de voto, ante 32% de Roseana, segundo o Ibope.

No entanto, de acordo com o último levantamento do instituto, do dia 19 de setembro, Dino conseguiu se isolar na liderança, crescendo 6 pontos percentuais, para 49%, e abrindo 17 pontos de diferença sobre a adversária. Roseana caiu de 34% para 32%.

O percentual ainda não é o suficiente para Dino levar no primeiro turno. No entanto, ele ainda tem alguma margem, por mais que pequena, para crescer e definir a disputa já no dia 7 de outubro. Isso porque, nulos, brancos e indecisos somam 12%. Já os percentuais dos outros candidatos somam cerca de 7%. Se conseguir roubar alguns desses votos e Roseana continuar caindo, Dino pode ser reeleito já no primeiro turno.

Para o Senado, a disputa permanece acirrada, totalmente aberta e já ganhou contornos de briga judicial. Edison Lobão (MDB) e Sarney Filho (PV), irmão de Roseana, têm 25% e 23%, respectivamente, segundo o Ibope. Estão empatados, portanto, com os nomes da coligação de Dino: Eliziane Gama (PPS), que também tem 23%, e Weverton Rocha (PDT), que tem 20%.

Na semana passada, a Justiça determinou que o site do jornal O Estado do Maranhão, controlado pelo Grupo Mirante, da família Sarney, retirasse do ar uma matéria sobre o marido de Eliziane. No texto, dizia-se que ele é suspeito de praticar falsidade ideológica. Em sua decisão, o juiz Alexandre Lopes de Abreu afirmou que a publicação “tenta induzir o eleitor de que a candidata encontra-se casada com alguém que comete ilícitos penais, aptos a ludibriar terceiros”, segundo a VEJA.

Para o jornal, a decisão tratou-se de “censura prévia ao determinar que não seja mais veiculada reportagens que abordam o assunto da matéria censurada”. A publicação afirmou que vai recorrer. E a guerra continua. Da Revista Exame.

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