Recusando-se a cumprir a ordem do Juiz Tyrone José Silva, que reconhece a falta de equilíbrio no tratamento dado pelo sistema Mirante de Comunicação, o grupo Sarney escancara o desprezo pelas leis e ordens judiciais.

Desde a última sexta-feira, a Justiça Eleitoral decidiu que o espaço concedido repetidamente a Roseana Sarney configura um desequilíbrio na disputa eleitoral no Maranhão. Mas, procurados por representantes da Justiça, os diretores do sistema Mirante e seus advogados recusam-se a receber a notificação.

A postura do sistema Mirante mostra que as eleições deste ano podem continuar sendo desequilibradas pela cobertura produzida para atacar os adversários de Roseana Sarney. Afinal, a pré-candidata ao governo é uma das donas do grupo de TVs e rádios que se espalham por todo o Estado.

Já denunciado ao Ministério Público por uma série de notícias desvirtuadas veiculadas em 2018, o grupo Mirante sinaliza mais uma vez que pouco liga para dar tratamento igualitário aos candidatos. O mais importante continua sendo dar prioridade aos que ajudem o grupo Sarney a voltar ao poder.