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Deputado Edilázio diz que foi arquivada investigação contra ele e Nelma Sarney envolvendo o Coaf

O deputado Edilázio Júnior (PV), em contato com o blog após publicação neste espaço envolvendo o seu nome, afirmou que a investigação sobre o depósito em espécie no valor de R$ 123 mil na conta da sogra e desembargadora Nelma Sarney, no Banco Bradesco, identificado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), foi arquivada.

Essa história do COAF já foi arquivada. E é de 2009, já houve prescrição também“, disse o deputado.

De acordo com matéria do Jornal Pequeno e do Informante, uma movimentação financeira superior a R$ 6 milhões na conta bancária do deputado estadual Edilázio Júnior, identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), conectou o parlamentar a uma conta bancária da desembargadora Nelma Sarney, do Tribunal de Justiça do Maranhão, e desencadeou ações da Procuradoria Geral da República e do Ministério Público Estadual de combate à lavagem de dinheiro, à ocultação e dissimulação de bens. O relatório de investigação financeira, de número 11.581, identificou um depósito em espécie de Edilázio no valor de R$ 123 mil na conta da desembargadora Nelma Sarney no Bradesco. Esse valor teria sido depositado por meio de três operações financeiras, nos valores de R$ 3 mil, R$ 30 mil e R$ 90 mil.

De acordo com o deputado, ele e a desembargadora Nelma Sarney já foram inocentados no caso.

Na verdade quando o COAF viu a movimentação atípica encaminhou para a Procuradoria Geral da República a nível de STJ, que é a instância responsável pra que se apure casos de má conduta ou o quer que seja de crime com relação a um desembargador. Chegando lá a procuradora pediu as informações da desembargadora Nelma com relação aquela movimentação atípica. A desembargadora prestou todas as informações e o Ministério Público Federal arquivou essa situação do COAF que nos envolvia e encaminhou para o Ministério Público Estadual pedindo para que fosse aberto uma investigação à respeito da Célia, ex-gerente do Bradesco. Então o que aconteceu foi que a desembargadora Nelma passou a ser vítima e a Célia passou a ser a réu. O que existe agora é que o MPF pediu para o MPE apurar com relação a furto qualificado, salvo engano é onde se enquadra o crime que a Célia teria cometido. O que existe é uma ação criminal contra a Célia e eu não figuro em nada nesta ação“, explicou Edilázio Júnior ao blog, enfatizando que somente a ex-gerente do Bradesco é investigada.

Quando eu fui prestar o meu depoimento por ter meu nome envolvido eu levei o meu extrato e provei que nada tenho a ver com isso, assim como a desembargadora Nelma provou também que nada tem a ver. Enfim, foi arquivado e eu e a desembargadora Nelma não figuramos na ação“, acrescentou o deputado.

Em 2014, a vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko instaurou um procedimento para apurar a movimentação financeira entre as contas do deputado Edilázio Júnior e da desembargadora Nelma Sarney.

Em resposta à PGR, a magistrada Nelma diz que “desde 2009 não movimentava a referida conta e que recebeu com total estranheza a notícia do depósito realizado por seu genro Edilázio Júnior”.

Após isentar o genro parlamentar, Nelma Sarney atribuiu a ocorrência de operações suspeitas à ação de Raimunda Célia Moraes, ex-gerente do Bradesco, acusada de agiotagem, estelionato e apropriação indébita contra clientes do banco, e que havia sido gerente tanto de sua conta quanto de Edilázio Júnior.

Em julho de 2015, Ela Wiecko, em um despacho, afirma que, “embora sem os documentos comprobatórios das operações indicadas pelo COAF, é certo que, até o presente momento, não se pode afirmar a ocorrência de crime atribuído à referida autoridade [Nelma Sarney]”, anota a vice da PGR.

Wiecko determina, então, a remessa do procedimento investigatório da Procuradoria Geral da República para o Ministério Público Estadual, a fim de que se apure a natureza e autoria das operações bancárias realizadas e “eventual responsabilidade criminal de Raimunda Célia Moraes, que está sendo investigada por fatos similares no Inquérito Policial de nº123/01 (Processo nº547832013)”.

É com base nessa recomendação da PGR e nas diligências realizadas que o MPE requereu a quebra do sigilo bancário da desembargadora Nelma Sarney, negada na última sexta-feira (14) pelo juiz Clésio Cunha, da 3ª Vara Criminal de São Luís.

Para o MP e a própria polícia, o pedido de quebra de sigilo se fez necessário, porque, mesmo a desembargadora Nelma Sarney tendo apresentado extrato bancário e outros documentos de sua conta corrente, ela não mostrou a ficha de caixa, que é o documento essencial para a comprovação de quem efetuou a operação dos depósitos, assim como os dados de um suposto empréstimo não autorizado.

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