Quem acompanhou a terceira edição da caravana de pré-campanha de Roseana Sarney ao governo do Estado percebeu várias coincidências em todas elas, como uma espécie de padrão.

O primeiro deles diz respeito ao discurso de Roseana. Em todos os lugares em que ela passou, a tônica das suas palavras foi a mesma. Como se fosse uma espécie de fala ensaiada. E o principal detalhe é que ela não abordou absolutamente nada das suas ações como governadora. Usou sua fraca oratória apenas para atacar o atual governador e seu adversário.

O segundo ponto em comum em todas as cidades pelas quais passou foi o cicerone. Em todos os 11 municípios, Roseana foi recepcionada por lideranças políticas decadentes, exatamente como o grupo Sarney é visto hoje. Foram ex-prefeitos e ex-vereadores que já não possuem a mesma representatividade local há anos.

O último e já trivial nas caravanas de Roseana foi o público abaixo da expectativa. Alguns municípios mais, outros menos, mas o certo é que as reuniões da filha de José Sarney pelo interior mais pareciam com atos realizados por vereadores. Com públicos bem aquém do que uma candidatura ao governo do Estado deveria ter.

Se após as primeiras edições da caravana Roseana balançou quanto a confirmação da sua entrada na disputa pelo governo este ano, a terceira andança dela só ratificou que seu grupo e seu nome está fragilizado, e que o povo cansou de quem passou 50 anos dominando o Maranhão e não apresentou evolução alguma.