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Manifestantes incendiaram uma igreja no sul do Níger Congregação da Assembléia de Deus foi atacada durante a noite. O carro do pastor também foi incendiado

Danos ao prédio e aos bens dos membros foram registrados (imagem representativa)

Danos ao prédio e aos bens dos membros foram registrados (imagem representativa)

Não é a primeira vez que incêndios a igrejas no Níger acontecem. De acordo com fontes da Portas Abertas no país, outras igrejas da cidade de Maradi também foram alvo desta ação de manifestantes. Apesar do susto na Igreja Assembleia de Deus em Maradi, ninguém ficou ferido, mas há relatos de que os protestos podem se espalhar para outras cidades.

Os protestos em Maradi, terceira maior cidade do Níger, foram provocados pela prisão de um proeminente imã na última semana. Rayadoune, da mesquita de Zaria, foi preso após qualificar como “anti-islamismo” uma proposta de lei sobre o culto religioso. No final da noite, notícias da prisão se espalharam e jovens montaram bloqueios de estrada e queimaram pneus nas ruas.

Sheikh Rayadoune foi libertado no dia seguinte do pronunciamento. Pouco antes disso, ele publicou uma declaração pedindo calma: “Todos os meus partidários devem parar de queimar coisas e causar problemas na cidade: o islã não recomenda isso, eu não fui de forma alguma maltratado pela polícia”, disse a mensagem. Rayadoune disse que leu uma tradução errônea do projeto de lei, que tinha transcrito do francês para o hausa, a principal língua do Níger.

 

Enquanto isso, a perseguição religiosa no Níger cresce

O Níger é um país dominado pelos muçulmanos, e este é um dos país na lista de observação da Portas Abertas. Os cerca de 72.500 cristãos no país formam menos de 1% da população. E as dificuldades para esses cristãos (especialmente os ex-muçulmanos) surgem principalmente dos radicais islâmicos e da corrupção organizada.

O Níger experimentou vários conflitos religiosos nos últimos anos. Após a publicação de charges retratando o profeta Maomé no semanário satírico francês Charlie Hebdo em 2015, dez pessoas foram mortas em tumultos anticristãos. Várias igrejas foram destruídas na capital e outras cidades. O país também é desafiado pela violência radical islâmica transbordando do Mali, Nigéria e Burkina Faso.

Fonte/ Portas Abertas

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