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Sarney tenta barrar Ney Bello Filho no TRF; juiz determinou investigações sobre o clã

A coluna Painel, na edição desta terça-feira do jornal Folha de São Paulo, informa que “nos últimos meses do que deve ser sua última gestão como presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) tenta barrar o juiz maranhense Ney Bello na disputa por uma vaga de desembargador no Tribunal Federal da 1ª Região”.

De acordo com a Folha, Bello determinou investigação sobre o empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney, e suas empresas em um desdobramento da Operação Faktor. A nomeação para o Tribunal Regional Federal da Primeira Região deve ocorrer no início de 2013.

Em setembro de 2007, o juiz Ney Bello Filho, titular da 1ª Vara Federal do Maranhão, atendendo a um pedido da Polícia Federal, ordenou à Receita que começasse a vasculhar as empresas de Fernando. Havia indícios de negócios irregulares feitos por elas.

Ney Bello Filho é filho do ex-secretário da Infraestrutura nos governos José Reinaldo e Jackson Lago, Ney Bello, adversário “histórico” da família Sarney.

A Receita começou a vasculhar o clã Sarney em setembro de 2007. Num desdobramento da Operação Boi Barrica da Polícia Federal, o juiz Ney Bello Filho (1ª Vara Federal do Maranhão) autorizou uma ampliação das investigações da Operação Boi Barrica (rebatizada de Faktor) – estavam sob auditoria da Receita as empresas da família Sarney, que são geridas por Fernando, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Ele determinou a fiscalização sobre Fernando Sarney, a mulher dele, Teresa Murad, e em três empresas da família: Gráfica Escolar, TV Mirante e São Luís Factoring.

Na ocasião, o secretário do fisco era Jorge Rachid. Um ano depois, em setembro de 2008, o juiz, insatisfeito com o resultado do trabalho dos fiscais, expediu novo ofício à Receita, determinando a ampliação da investigação, sob pena de prisão de dirigentes do órgão. E cobrou pressa à Receita Federal. Juízes despacharam nos inquéritos, mas os investigados não foram acusados formalmente.

Em outubro, a Receita começou a montar um grupo especial de auditores de fora do Maranhão. Conforme a Folha revelou, 24 pessoas físicas e jurídicas ligadas direta e indiretamente a Sarney estão sob investigação pelo fisco. No inquérito policial, Fernando Sarney foi indiciado, à época, sob a acusação de formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

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