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A união Socorro Waquim e Alexandre Almeida

Blog do Elias Lacerda – O entendimento de muitos em concorrer no pleito deste com mais competitividade e até chance de vitória apoiando a pré-candidatura de Alexandre Almeida, tem causado enorme prejuízo a pré-candidata Socorro Waquim, do PMDB. Não são poucas as siglas que mesmo estando na base da ex-prefeita, querem uma união do PMDB com o candidato do PSD na cabeça de chapa nas eleições deste ano contra a reeleição do prefeito Luciano Leitoa.

PROS, PV, PT do B e PTN que supostamente estariam com Socorro Waquim mantiveram durante a semana passada intensas reuniões com partidos aliados do deputado Alexandre Almeida e praticamente foram unânimes no desejo de ficar com a pré-candidatura do deputado.

Bem afinadas neste propósito, os siglas vão tentar nos bastidores de todas as formas buscar o entendimento entre os Waquim com o deputado. Em caso de insucesso nas tentativas, o passo seguinte será o esvaziamento da pré-candidatura da ex-prefeita. “Não vou entrar numa campanha onde as chances de vitória são ínfimas”, disse ao eliaslacerda.com pedindo sigilo de seu nome um pré-candidato a vereador de uma das siglas que ainda se mantém, decorativamente, ao lado da ex-prefeita.

“Nós já fizemos um gesto no passado em favor da Socorro. Em 2008 o deputado Alexandre Almeida abriu de sua pré-candidatura para ficar com a reeleição dela”, lembrou ao eliaslacerda.com um dos aliados de primeira hora de Alexandre Almeida.

As razões de Socorro Waquim

Mas a união entre as oposições com Alexandre na cabeça de chapa apoiado pela ex-prefeita não é tão simples assim como alguns possam imaginar. As relações políticas entre Socorro Waquim e Alexandre Almeida nunca foram boas que tenham deixado saudades. Na busca de seu espaço político na cidade, o deputado Alexandre teve que bater de frente com a administração da ex-gestora num passado recente. Suas críticas e dificuldades criadas para a gestão da ex-prefeita ainda mexem com a Professora.

Em 2014 aconteceu um episódio que ilustra bem esta relação que ainda hoje se mantém difícil. Em comemoração do seu aniversário na chácara da família, Professora Socorro foi indagado por um aliado político quando este observou que existia centenas (fala-se em cerca de 1500 convidados) de pessoas na  da festa. “Professora, vejo praticamente toda a classe política local no seu aniversário, mas sinto a ausência do deputado estadual Alexandre Almeida. A senhora o convidou?”, perguntou. Socorro foi enfática ao responder a pergunta. “ Meu filho o deputado também fez seu casamento e convidou praticamente todo mundo, mas não fui convidada. Me sentir no direito de também não o convidá-lo”, disse.

Todos sabem que embora os sentimentos pessoais sejam importantes na formação de alianças, sabe-se também que não são decisivos. Na política esse detalhe é facilmente superado pela maioria. Dizem até que política “é a arte de engolir sapo”. Este não é o problema principal. O que pesa mesmo na cabeça da ex-prefeita é o temor de entregar seu capital político ao deputado e depois não ter retorno algum.

As incertezas do futuro são também outros obstáculos que perturbam  a aliança dos Waquim com o deputado. A ex-prefeita sabe ainda que a união não é certeza de vitória, afinal eleição é sempre uma incógnita. E se perder ? Sobre isso um amigo da ex-prefeita também jogou mais dúvidas sobre as incertezas do futuro. Em conversa com a ex-chefe do executivo afirmou que aliados de Alexandre Almeida podem até culpá-la em caso de derrota.

Entre os mais próximos Socorro teria confidenciado que neste momento pensa que o melhor mesmo será manter sua pré-candidatura e seu grupo político e assim em 2018 buscar um mandato de  deputado estadual com ela mesma candidata ou o filho Ulisses Waquim.

É por estas e outras razões que a união dos Waquim com o deputado não é tão simples assim como alguns podem imaginar. Ela pode até acontecer, mas ainda é uma  incerteza da política local.

Enquanto isso não acontece, Socorro Waquim seguirá sendo pressionada por aliados que defendem a união das oposições. Se não acontecer a união é pouco provável que a ex-prefeita consiga segurar alguma sigla na sua base fora o seu próprio partido, o PMDB. Ela teria coragem de segurar uma candidatura mesmo nestas adversidades?

Vamos esperar…

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