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Tucano maranhense que defende aliança com o grupo Sarney é masoquista

Uma das metas prioritárias do grupo Sarney para enfraquecer as forças de oposição é tirar o PSDB do seu arco de aliança nas eleições de 2014. Diante da fragilidade atual da legenda no estado dado as últimas derrotas eleitorais, aproveitarão tão logo para se infiltrarem no partido. Para isso, vão recorrer a todo tipo de estratégia torpe e sórdida, como já fizeram das outras vezes em pleitos passados.

A campanha visa desgarrar os tucanos dos oposicionistas.

Em voga, dividir a oposição, através de um enlace de futricas e intrigas disseminadas por meio da rede de comunicação sarno-nazista, estratagema velho conhecido adotada por agentes do clã.

Já funcionou outras vezes e ainda é (por pura ingenuidade da oposição – ou sagacidade demais de alguns), uma poderosíssima arma de guerra em poder da oligarquia.

Durante o hiato do carnaval, analistas a serviço da oligarquia não descansaram. Blogs alinhados chegaram a dizer que tucanos que desejam se aliar ao projeto de candidatura de Flávio Dino ao governo “ou está mal-intencionado, ou é agente infiltrado, ou está pouco se lixando pro partido”, atribuindo ao presidente da Embratur o fracasso do partido nas eleições de 2012, especialmente São Luís.

Os asseclas se valem de filigranas para escamotear os reais objetivos do clã em tela: tirar o PSDB da oposição, enfraquecê-la e descontruir seu principal líder, o comunista Flávio Dino, líder das pesquisas de intenção de voto e com grande lastro eleitoral por todo estado, algo que desde então tira o sono da sarneysada – afinal seu império está ameaçado.

Bem ao contrário do que os séquitos da oligarquia preferem sofismar, quem contribuiu, sim, decisivamente para aniquilar o PSDB e o ex-prefeito João Castelo na capital foi o grupo liderado pelo senador José Sarney e seus veículos de comunicação. Por mais que o maranhense tenha memória curta, todos irão rememorar os fatos a seguir.

Pois bem, analisemos.

Como já afirmamos, quem trabalhou incansavelmente para derrotar o PSDB no Maranhão foi em grande parte o grupo Sarney. Uma das siglas mais importantes e de maior expressão no estado, a agremiação nunca se alinhou aos ditames da oligarquia. Mesmo quando o ex-presidente Fernando Henrique aliou-se ao senador José Sarney e sua filha Roseana, os tucanos daqui mantiveram-se distantes. O ex-deputado e agora vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha manteve-se firme, irredutível na época. Em resposta, os tucanos maranhenses foram retaliados por FHC, tendo a indiferença do seu governo.

Vejamos o caso de São Luís. O prefeito Castelo foi vítima de um massacre incessante, durante quatro anos, do grupo comandando pelo senador José Sarney e sua filha, a governadora Roseana Sarney – esta que, todos sabem, tem desavenças pessoais com Castelo, nutrindo, inclusive, um ódio mortal pelo tucano. Certa vez a sinhazinha disse em uma reunião no Palácio dos Leões que não descansaria até destruir Castelo.

Durante três anos e meio Flávio Dino, em contrapartida, quase não fez oposição a Castelo, limitando-se apenas a algumas declarações pontuais no twitter. Basta procurar nos arquivos. Nada comparado ao bombardeio de ataques, insultos, agressões desferidos pelo arsenal midiático do grupo Sarney contra Castelo e sua família. A deputada Gardênia Castelo, muito coerente e aversa a qualquer aproximação com a sarneysada, sabe bem disso. Sentiu na pela as chicoteadas da oligarquia.

Além dos seus veículos de comunicação, que 24 horas por dia achincalhavam o prefeito, inclusive descambando em questões de ordem pessoal, o grupo Sarney também atuou contra o PSDB e Castelo através da influência que a família detém nos diversos poderes.

A oligarquia influenciou, por exemplo, nos porões de Brasília para que projetos da Prefeitura de São Luís não fossem aprovados. O Corredor de Transporte Urbano passou ano engavetado em um dos gabinetes do DF. As outras capitais, todas elas, foram contempladas com o projeto, contudo São Luís ficou por último e obteve a liberação dos recursos apenas há alguns meses antes das eleições. Tudo por obra malévola do oligarca-mor.

E a obra de prolongamento da Litorânea e do hospital Central de Urgência e Emergência? Quem não se lembra da batalha jurídica que foi travada para que não fossem executadas. Todos sabem as forças que estavam por detrás.

De mais a mais, na pré-campanha, o Palácio dos Leões tirou a maioria das lideranças e os partidos que eram da base de sustentação de Castelo. Um dia antes da convenção o clã, por operação do empresário Fernando Sarney, tomou o PHS, PTdoB e PSL, deixando Castelo e o PSDB isolados, com pouco tempo de propaganda eleitoral na televisão. Culpa também de Flávio?

O PSB (Roberto Rocha, Ribamar Alves) e o PDT (Weverton Rocha, Julião Amin) também deixaram a nau castelista pelo fato de seus líderes terem projetos, plataformas e pensamentos diferentes do agora ex-prefeito. Saíram dizendo que o estilo “centralizador, autoritário e atrasado” de Castelo, segundo eles, era incompatível, justificando o esgrima do afastamento.

Difícil acreditar, dessa forma, que o comunista tem tanto poder de persuasão a ponto de manietar figuras tão ‘inocentes’? Não é mesmo?! Vale ressaltar ainda que Dino não foi candidato a prefeito.

Outro exemplo dos Sarneys contra os tucanos foi em Açailândia, onde o candidato do prefeito Ildemar Gonçalves (PSDB) foi derrotado pela sarneysista Gleide Santos (PMDB), que teve o apoio maciço do Palácio dos Leões. Portanto, se há um responsável direto pelas derrotas de Castelo e do PSDB no Maranhão, chame-se família Sarney. Eles somente atrapalharam, prejudicaram e atormentaram os tucanos. Será que os tucanos maranhenses são masoquistas? É melhor acreditar que não.

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