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‘Trabalhador, sério e honesto’, diz autolouvação publicada por Josimar

Da Revista Crusoé – Flagrado pela Polícia Federal com maços de dinheiro que, segundo os investigadores, eram produto de um esquema de corrupção envolvendo emendas parlamentares, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, do PL, não tem medido esforços em busca do sonho de se tornar governador do Maranhão.

Além de sortear dinheiro a seus eleitores, como revelou Crusoé, o parlamentar tem caprichado na produção de vídeos que mostram seus compromissos políticos recentes e suas “realizações” do passado. Um dos vídeos enaltece Maranhãozinho pelo período em que comandou o município que lhe empresta o nome.

“Quando foi prefeito, fez uma verdadeira revolução administrativa. Construiu tudo o que essa cidade tem hoje”, diz o narrador, enquanto imagens do deputado e da cidade são mostradas.

A cereja do bolo, contudo, está na parte final da peça, quando o narrador afirma que “o Maranhão precisa de mais gestores como esse”. Em dado momento, é dessa forma que o parlamentar — investigado no STF por peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude a licitação — é retratado: “Mesmo com orçamento pequeno, fez em Maranhãozinho o que muito prefeito de cidade grande não faz. Porque é trabalhador, sério e honesto”.

Em dezembro, Crusoé publicou com exclusividade imagens, feitas pela Polícia Federal, nas quais Maranhãozinho aparece manipulando maços de dinheiro em seu escritório político, situado em um prédio comercial em São Luís, capital do Maranhão. Para os investigadores, a dinheirama é fruto de corrupção envolvendo emendas parlamentares que o próprio deputado destinava a municípios e empresas que integravam o esquema. Os recursos, cerca de 15 milhões de reais, deveriam ser destinados à saúde em pleno período de pandemia.

Neste mês, Crusoé mostrou que Maranhãozinho promoveu um sorteio de dinheiro a seus eleitores durante uma live de Natal. O evento foi transmitido nas redes sociais do parlamentar e, após a reportagem evidenciar os indícios de crime eleitoral, o vídeo foi apagado. Na live, Maranhãozinho contemplou seus eleitores com valores que, somados, chegavam a 50 mil reais. O Ministério Público Eleitoral decidiu abrir um procedimento para apurar o caso.

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