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Suspensão de refinaria no MA contraria Sarney, Lobão e Roseana

Por Gerson Camarotti com blog do John Cutrim

Caiu como uma bomba no gabinete da presidência do Senado a notícia de que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, decidiu suspender a construção da refinaria Premium da Petrobras no Maranhão. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não esconde a contrariedade com essa decisão. Isso porque a construção da refinaria tinha sido prometida pelo ex-presidente Lula.

Além de Sarney, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foram surpreendidos pela notícia. Avaliação feita no gabinete do presidente Sarney é de que puxaram o tapete do ministro Lobão com essa decisão de adiar as obras da refinaria.

A Refinaria Premium I de Bacabeira seria usada como trampolim para a campanha de Lobão ao governo em 2014. A suspenção da refinaria atrapalha tanto os planos políticos do ministro quanto do grupo Sarney.

As refinarias Premium I e II, previstas para o Maranhão e Ceará, e o Completo Petroquímico do Rio (Comperj), foram adiadas, sem mais prazo para conclusão.

O anúncio foi feito pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, ao detalhar o Plano de Negócios 2012-16. Segundo ela, os prazos dos projetos estão sendo revistos. “Nenhum projeto foi retirado do plano. Estamos reavaliando prazos. No Comperj, estamos reavaliando os prazos, de uma forma mais detalhada possível”, destacou Graça Foster.

Segundo o plano, as refinarias Premium I, no Maranhão, Premium II e Comperj estão no que a Petrobras classificou de fase 1, com investimentos sob análise e não devem ser concluídas até 2017

As duas refinarias do Nordeste saíram totalmente do plano 1012/16. Pelo plano anterior, a Premium I, no Maranhão, deveria começar a operar a partir de 2016, e a Premium II, no Ceará, a partir de 2017.

Quanto à Refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco, seus cronogramas também sofreram um atraso, de um ano. A primeira unidade entrará em novembro de 2014, e a segunda refinaria, em maio de 2015.

“As refinarias são fundamentais, mas eu preciso saber quanto custa e quanto já fiz”, disse a executiva.

Atrasos nas obras, falhas de planejamento e custos excessivos levaram a Petrobrás a rever o cronograma de entrada em operação das quatro refinarias planejadas desde a década passada para que, até 2020, o Brasil consiga autossuficiência na produção de derivados de petróleo.

Por causa da produção interna insuficiente, a companhia vem sendo obrigada, desde o ano passado, a importar combustível para evitar o desabastecimento no mercado nacional, aquecido pelo aumento do poder de consumo da população. Entre janeiro e abril deste ano, a importação média diária foi de 80 mil barris.

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