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Socorro Waquim articula evento em Timon para enfraquecer Arnaldo Melo

A ex-prefeita de Timon, Socorro Waquim se articula para ser a primeira suplente de senador de Gastão Vieira. Para isso, reuniu seu grupo político e organizou um grande ato na última sexta-feira para a apresentação de seu pré-candidato a senador.

20140511113229_28ea1Como se já soubesse que Gastão Vieira será o escolhido do grupo Sarney para disputar o senado, a ex-prefeita organizou uma reunião no intuito de mostrar força, tentar viabilizar seu nome. Ocorre que em meio a tudo isso há o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo que também é pré-candidato a senador e disputa a indicação com Gastão. Além disso, há outro óbice, o PT, que quer indicar o primeiro suplente.

Os petistas entendem que Vieira sendo eleito senador e a presidente Dilma se reelegendo, o primeiro voltaria a ser ministro, abrindo vaga para o nome escolhido do PT chegar ao Senado. Daí se ver a confusão que será a composição da chapa sarneisista de senador.

De mais a mais, no caso de não vingar seu plano, Socorro tem em mente um plano B: ser candidata a deputada estadual, haja vista que o marido, deputado Sétimo Waquim, dificilmente conseguirá se reeleger, uma vez que não detêm mais o controle da prefeitura de Timon.

Vale lembrar que na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa, Socorro terá como concorrente em Timon o deputado Alexandre Almeida, aliado de primeira hora da sarneisada e um dos principais defensores da pré-candidatura de Arnaldo Melo ao Senado. Ou seja, fica claro que o evento de Socorro pró-Gastão foi uma tentativa de enfraquecer Arnaldo Melo e Alexandre Almeida.

Apesar de todo esforço, dificilmente a ex-prefeita conseguirá ser indicada a primeira suplente de Gastão Vieira. Mesmo que seja a vontade do ex-ministro Turismo, Socorro é vista com desconfiança no clã Sarney devido o comportamento da política timonense e de seu grupo na eleição de 2006.

Naquele ano, a ex-prefeita e seu marido, deputado Sétimo Waquim apoiaram com toda força o candidato do governador José Reinaldo Tavares (inimigo mortal dos Sarneys e responsável pela vitória de Jackson Lago neste mesmo ano) ao Palácio dos Leões, ex-ministro Edison Vidigal. Os votos do grupo Waquim em Timon foram decisivos para que houvesse segundo turno e Roseana fosse derrotada por Jackson.

Apesar desse acidente de percurso, de lá para cá Socorro Waquim vem mantendo-se fiel ao grupo Sarney. Ainda é a principal representante da oligarquia Sarney em Timon, mesmo não assumindo isso publicamente. A vergonha de dizer que é aliada do grupo Sarney e defendê-lo em Timon a tem impedido de ocupar espaços maiores no governo.

Por outro lado, os aliados da ex-prefeita de Timon alegam que ela age assim por não ser valorizada pelo clã Sarney bem como a falta de prestígio da parte do governo. Reclamam que o deputado Alexandre Almeida é o queridinho da governadora Roseana Sarney, dizem que somente ele é reconhecido e beneficiado em Timon. Não deixa de ser verdade. A aproximação com Gastão Vieira seria uma forma de Socorro se sentir mais prestigiada junto ao núcleo duro sarneisista.

Por conta disso, chegou-se até a especular que Socorro teria flertado com a candidatura de Flávio Dino, mas nada concretizou-se até agora.

Enfim, não está nada fácil as coisas para o casal Socorro e Sétimo. Os dois estão numa sinuca de bico. Foto: blog do Elias Lacerda

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