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Só um culpado

Por: José Reinaldo Tavares

Os dados sobre criminalidade eram terríveis, mas o governo fazia que não era com ele. Estudos feitos pelo Ministério da Justiça apresentaram São Luís como a quinta cidade mais violenta entre as capitais brasileiras. Era para o governo se mobilizar para enfrentar a terrível situação, mas nada fizeram. E olhe que a capital maranhense há menos de seis anos era a penúltima menos violenta entre as 27. Mas Roseana parece não administrar problemas e também parece preferir resolver os graves problemas da área de segurança comprando carros e fazê-los desfilar pelas ruas da cidade. Assim como helicópteros de última geração mostrados como quase milagrosos na propaganda. Na campanha chegou a dizer que o pessoal da área do Itaqui e do Bacanga podia dormir com as portas da casa abertas, pois tudo estaria sob controle do melhor governo de sua vida.

Mas tudo se revelou ao contrário. Só no mês de abril foram 53 assassinatos cometidos na grande São Luís, quase dois por dia. No interior a insegurança atinge níveis nunca alcançados com ataques seguidos a bancos e crimes contra a população. Sem apoio e desarticulado o sistema de segurança não tem conseguido se impor e a criminalidade age cada vez mais livremente com o crack e as drogas circulando livremente e a pistolagem agindo ostensivamente baseada na impunidade. A tal ponto que o presidente da Ordem dos Advogados, OAB, seção do Maranhão, Mario Macieira, ao fazer um balanço das ações da entidade, que comemorou 80 anos, lamentou que o Maranhão esteja novamente mergulhado nas ameaças de crime por encomenda. Ele citou as execuções do advogado João Ribeiro Lima, em Presidente Dutra, do camponês Raimundo Borges Alves, em Buriticupu, de dois empresários em Pedrinhas e do jornalista Décio Sá, como exemplos.

Nenhum deles resolvido, assim como o de dezenas de assassinatos que ocorrem todo mês a uma taxa crescente que vem se aproximando de dois por dia. A população está entregue a própria sorte e a governadora fazendo reformas administrativas que nada resolverão, pois o governo não funciona, não tem foco nem objetivo.

Aliás, tem um, sim. Atrapalhar a administração do prefeito João Castelo, com CPIs desprovidas de legalidade, obstruções na execução de obras muito importantes para a população como o Hospital Municipal de alta complexidade e o prolongamento da Avenida Litorânea. Assim como permanentes tentativas de impedir que cheguem recursos federais para obras viárias de grande impacto e benefício direto da população planejadas pela prefeitura. Fora isso, só a seduzem as férias mensais que ela está introduzindo como rotina pessoal. Ela não faz e quer impedir o prefeito de fazer.

Mas o prefeito João Castelo vem conseguindo importantes vitórias contra os desejos da oligarquia. Conseguiu vitórias importantes na justiça conseguindo liberar a execução do hospital e do prolongamento da Litorânea e dos recursos do PAC mobilidade com a presidente Dilma para o Corredor Urbano de São Luís, obra fundamental para o desenvolvimento ordenado da cidade. Uma grande vitória para São Luís e a sua população, pois contemplará também o transporte coletivo. A luta da oposição deve ser contra quem atrasa o Maranhão há décadas e continua atrasando, e não contra Castelo que foi muito importante na vitória de Jackson contra Roseana em 2006. A luta é contra a oligarquia.

E a questão da água de São Luís? Está na hora de entendermos o que está acontecendo. Castelo quando foi governador construiu, após hábil negociação com a Alcoa o Italuís que durou 30 anos, cumprindo a sua missão. Quando Roseana era a governadora na década de 90, ela conseguiu recursos com o governo federal para a duplicação do Italuís e resolveu fazer uma licitação a seu modo. O resultado é que o TCU condenou toda a lambança e o recebimento de recursos para a duplicação, que a partir daí passou a enfrentar o veto do tribunal, o que paralisou todas as tentativas de execução da obra. Agora com a situação insustentável da adutora que abastece a cidade de água, em estado avançado de corrosão devido ao seu tempo de construção e do meio ambiente, que atravessa no Campo de Perizes, Roseana Sarney conseguiu R$ 120 milhões para o conserto da adutora com substituição de grande parte dos tubos danificados. A cidade inteira sabia o nome da empresa vencedora muito antes da publicação do edital de licitação. Essa empresa efetivamente ganhou a concorrência que já foi realizada baseada no novo código de licitações do estado aprovado pela Assembleia e de inspiração do governo estadual que, na votação, não admitiu emendas de nenhum deputado. Uma das facilidades do código é que as empresas não precisam apresentar atestados, basta afirmar que os têm. Moderníssimo!

Mas para espanto geral a licitação foi anulada no dia seguinte pelo secretário responsável. Ué, mas não saiu tudo como programado?

Consta que teriam avisado o secretário, pois como o dinheiro é federal o TCU viria com ‘gosto de gás’ anulando tudo e responsabilizando meio mundo, além do governo correr o risco de ver o seu novo código de licitações ser condenado.

Agora o governo vai ter que fazer tudo direitinho e assim levar mais alguns meses para nova licitação expondo a população a novos sofrimentos.

Logo, meus amigos a falta de água em São Luís só tem uma pessoa responsável: Roseana Sarney que desde a década de 90 ao utilizar práticas nada republicanas impede a população de ter resolvido o problema da água, pois não consegue fazer nada direito nem o conserto nem a duplicação do Italuís.

Assim se repete o que aconteceu com o edital da duplicação da BR-135 na saída de São Luís e com o aeroporto. Roseana atrasa o estado de todas as maneiras.

E olhem como ela cuida dos interesses da população: a Folha de São Paulo publicou na coluna Painel de domingo passado esses dois tópicos muito reveladores:

Mal… Virou rotina os governadores Jaques Wagner (PT-BA) e Roseana Sarney (PMDB-MA) faltarem em eventos que reúnem os governadores do Nordeste. Dos três últimos encontros, o petista compareceu a apenas um. Nos demais foi representado pelo ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli.

Já Roseana não foi a nenhum, nem mesmo à reunião do Bird em Washington, quando estava na comitiva da presidente Dilma Rousseff e deixou a capital dos EUA antes.

Onde ela estava e o que estava fazendo? Tratando do combate a pobreza é que não era…

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