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Sarney: “Se não fossem os meus conhecimentos médicos, eu teria ido embora…”

Do blog do Josias de Souza

A crônica da internação de José Sarney esconde uma passagem só revelada pelo presidente do Senado a amigos que privam de sua intimidade. Um detalhe que, na versão do moribixaba do PMDB foi decisivo para antecipar a cirurgia que o livrou de um infarto.

No pedaço já noticiado, Sarney sentiu-se mal na noite de uma Sexta-feira 13, ligou para o cardiologista Roberto Kalil Filho na manhã do sábado, submeteu-se a exames preliminares, foi medicado e teve a angioplastia marcada para a manhã de domingo. Voltou a sentir dores no peito de madrugada e a cirurgia foi antecipada.

Na passagem que não chegou ao noticiário, Sarney telefonou para um velho amigo no início da madrugada de sábado para domingo –um médico octagenário de São Paulo, já aposentado, que não integra o staff do hospital Sírio Libanês.

Sarney conhece-o há mais de 40 anos. Relatou-lhe o que havia sucedido: os exames, a medicação, a previsão de angioplastia e o novo mal-estar. O amigo aconselhou a antecipação da cirurgia.

Primeiro porque achava que o quadro clínico pedia pressa. Segundo porque, conhecendo o paciente e seus pendores para a hipocondria, enxergou no telefonema noturno um prenúncio de que Sarney teria uma noite intranquila, num grau de tensão indesejável.

Na versão relatada em privado por Sarney, o amigo cuidou de contactar a equipe médica do Sírio. Deu-se, então, a antecipação da angioplastia que desobstruiu no peito de Sarney a obstrução detectada numa das principais artérias do coração, a artéria descendente anterior.

Após uma semana de molho hospitalar, Sarney deveria ter recebido alta na segunda (23). Os médicos preferiram retê-lo no leito por mais um dia, para a realização de exames finais. A filha Roseana Sarney, governadora do Maranhão, que se encontra em São Paulo, informou a um auxilar do senador que a verificacão já foi feita e que o quadro é de normalidade.

Além de Roseana, estiveram com Sarney nesse dia dos derradeiros exames o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD) e um desembargador do Tribunal de Justiça do Estado. Por precaução, Sarney deve permanecer o resto da semana em São Paulo.

Dias atrás, em diálogo telefônico com um auxiliar do Senado que o acompanha desde os tempos de presidente da República, Sarney comentou: “Aaahhh, esse seu amigo aqui quase foi embora. Se não fossem os meus conhecimentos médicos, eu teria ido embora…”

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