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“Lava-Jato” levou Sarney para o hospital

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Recentemente, o ex-senador José Sarney (PMDB) bateu às portas do hospital Sírio Libanês em São Paulo. A notícia teve destaque nacional na revista Veja. No entanto, as razões do mal-estar de Sarney foram pouco exploradas.

Fonte bem situada com livre acesso à família informou ao blog que o cacique peemedebista anda muito nervoso. As preocupações de Sarney atendem pelo nome ‘Lava-Jato’. É que dois de seus mais próximos aliados, o senador Edison Lobão (PMDB) e o ex-secretário chefe da Casa Civil João Abreu são alvo direto da operação e andam dizendo que não vão responder sozinhos pelos esquemas de propinas dos quais são acusados. Eles já avisaram Sarney de que não cairão sozinhos e exigiram que o velho coronel dê um jeito de frear as investigações.

O problema é que sem o poder de mandatário de outrora, Sarney não vê no horizonte possibilidade de arquivar as investigações como nos casos da Lunus e da operação Faktor, operações também da Polícia Federal, que teve entre os acusados os filhos Roseana e Fernando Sarney, respectivamente.

Sarney ainda tentou com Lula na política e o renomado advogado Kakay no direito anular toda a ‘Lava-Jato’ no Supremo Tribunal Federal (STF). Não teve êxito. Com as operações determinadas pelo STF, contra Collor e outros, ele viu diminuir espaço para convencer Supremo.

Diante de tantos problemas e vendo as investigações da operação ‘Lava-Jato’ avançarem para o núcleo político, Sarney anda com a saúde abalada. O nível de tensão é tamanho que o coração de Sarney pregou-lhe um susto e ele foi parar no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Pelo rumo que tomam as investigações, Sarney precisa preparar o coração para fortes emoções. Afinal, o juiz Sérgio Moro está decidido a limpar a sujeira que por muito tempo foi arquivada para debaixo dos tapetes judiciários. E à medida em que o cerco de fecha aumentam as pressões da dupla Lobão e João Abreu sobre Sarney.

Em delação, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter se reunido pessoalmente com Roseana Sarney para tratar de propina. Segundo o ex-diretor, o senador Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia, foi quem solicitou R$ 2 milhões, destinados à campanha de Roseana ao governo do Estado em 2010. O valor, afirmou Costa, foi pago em espécie via o doleiro Alberto Youssef. Este afirmou também em delação premiada à Polícia Federal que pagou propina de R$ 3 milhões para João Abreu, então chefe da Casa Civil.

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