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Sarney e a obra do Nosferatu do Maranhão

José Sarney anunciou, como vocês leram, que vai deixar a política!

Ahhh!!!

Mas calma! Será só em 2014, quando estiver com 84 anos. É uma pena Murnau não estar mais vivo. Poderia refilmar Nosferatu, tendo Sarney como o Conde Orlok. Algum outro cineasta se candidata?

Sairá, mas deixará descendentes, claro!, que continuarão a fazer do Maranhão um dos piores melhores lugares da Terra. Estado nordestino que não enfrenta as agruras da seca, não precisou do rigor da natureza para apresentar os indicadores sociais mais vexaminosos do país. Os quase 50 anos de mando dos Sarney realizaram esse feito.

O homem chegou ao governo no Estado, pela primeira vez, em 1965. Seu grupo ganhou a eleição nada menos de 10 vezes e governou por 41 anos. Sua obra, nesse tempo, se evidencia em números. Vejam:

Sim, querido leitor. A coisa poderia ter sido ainda mais dramática. Escritor, Sarney não deixa seguidores na literatura ao menos. Felizmente, os leitores tiveram o bom senso de ignorá-lo.

Para encerrar: no post anterior, trato de algumas desditas que fazem deste um dos países com o sistema político mais corrupto da terra. Sarney é um emblema. Era governista com Juscelino; continuou governista com Janio (tinha se bandeado para a UDN); foi oposição por um breve período no governo João Goulart, mas nada muito radical que não lhe permitisse recuar se o movimento militar tivesse dado com os burros n’água; aderiu ao golpe; pulou do barco quando percebeu a mudança dos ventos; o destino o fez presidente da República; não chegou exatamente a se opor a Collor; aderiu ao governo FHC e depois se juntou à nau do lulismo.

Ufa! Enquanto isso, o Maranhão ficava esfaimando, como diria o poeta.

Eis um político que sabe farejar sangue novo… (Por Reinaldo Azevedo)

Nota do blog: Nosferatu, o Vampiro, é um clássico expressionista do cinema mudo de F. W. Murnau (1922), baseado no célebre romance Drácula de Bram Stoker (1897), embora com nomes de personagens e lugares alterados, pois os herdeiros do escritor não concederam a Murnau autorização para realizar este filme.

Filme clássico do expressionismo alemão, ao invés de Conde Drácula, Nosferatu é Conde Orlok, uma das mais fiéis representações fílmicas do vampiro. Alto, esguio, esquálido, com orelhas, nariz e dentes pontiagudos, Murnau consegue representar com sucesso a figura do personagem macabro de Stoker. Nosferatu vive nas sombras e na escuridão. É um ser noturno, maligno, de um mundo das trevas.

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