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Sabotagem, vingança e corrupção

Uma governadora que some no ar logo após uma atribulada renúncia de muitas datas que se concretizou somente na semana passada, coronéis que programam passar dois anos fazendo um curso de aprimoramento fora do estado e o futuro governador, Flávio Dino, percebendo que vai tomar posse no escuro, sem ter ideia do tamanho do buraco nas contas públicas.

O reinado da família Sarney se finda com sabor de vingança contra o povo do Maranhão. Não há informações sobre nada. Contratos, convênios, repasses, pagamentos a funcionários terceirizados, um jogo de esconde-esconde por meio do qual pretendem tumultuar os primeiros meses da nova administração. Pior é que fica impossível dimensionar o tamanho do rombo nas contas públicas, principalmente porque não se pode dizer que esse tenha sido um governo honesto. Trata-se, no mínimo, de um governo suspeito, acusado de receber propinas no valor de R$ 900 mil do escancarado esquema de corrupção na Petrobras.

O governo do PT no Brasil se transformou numa maldita cumbuca financeira pela qual macacos velhos – deputados, senadores, governadores, ministros – receberam propinas milionárias em espécie de quadrilheiros que avançaram nos recursos do país. Entre os acusados está a governadora do Maranhão, que, derrotada, se esforça por criar todo tipo de dificuldades para seu sucessor. Não cumpriu o rito normal de qualquer transição, não vai lhe entregar a faixa governamental e pode estar lhe entregando um estado saqueado por todo tipo de desvios e improbidades. Diante do quadro que se desenha, os maranhenses têm direito a suspeitar que esse processo de sabotagem vá além da simples sonegação de informações.

Sabotagem e vingança. Sabotagem contra os novos governantes do estado. Vingança contra o povo do Maranhão. É a ousadia de pessoas incursas em crimes e suspeitas e ainda se sentindo capazes de escapar à Justiça, tentando desorganizar a administração pública para que pague o povo pela ousadia de lhes tirar do poder.

Ainda se espera, entretanto, por uma nova fase da operação Lava-Jato. A que pegará os agentes públicos envolvidos neste terrível esquema que pode, inclusive, ter sucateado para sempre a Petrobras, cujas ações despencam na ribanceira da desonestidade e afastam do país a maioria dos investidores. É quando Roseana, João Abreu e tantos outros terão que responder na Justiça por seus atos, quando corruptos e corruptores se sentirão desprotegidos do manto da impunidade e não mais poderão fazer mal ao Maranhão.

Não se descarte, ainda, que uma auditoria impiedosa possa mostrar a corrupção que aconteceu aqui. Tudo o que diz respeito a licitações fraudulentas, convênios eleitoreiros, obras superfaturadas e ocasionais propinas que talvez tenham sido pagas com os recursos desse estado. É por esse caminho que o Maranhão vai começar a vencer a corrupção. (Editorial do JP)

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