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Roseana Sarney e Lobão na lista do STF por corrupção na Petrobrás

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (5) autorizar a abertura de inquérito para investigar políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras revelado pela Operação Lava Jato.

Além dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a lista traz os nomes da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, do ex-ministro e senador Edison Lobão e do deputado federal Waldir Maranhão, que serão investigados a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em delação premiada, que em 2010 mandou entregar R$ 2 milhões em espécie para a campanha à reeleição da governadora do Maranhão Roseana Sarney, a pedido do então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. De acordo com Paulo Roberto, ele se reuniu pessoalmente com Lobão, que teria lhe feito o pedido.

Paulo Roberto declarou que se encontrou várias vezes com Roseana, seja no Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão, ou na casa da própria Roseana. E que, nas reuniões onde estavam apenas os dois, ela sempre perguntava se estava tudo acertado: “As tratativas da governadora em relação ao pagamento de propina para o abastecimento de sua campanha eram breves e se restringia a perguntas se estava tudo acertado”.

O ministro do STF Teori Zavascki, relator dos processos relativos à Operação Lava Jato, autorizou a abertura de investigação contra políticos de ao menos quatro partidos: PT, PSDB, PMDB e PP. O ministro tirou o sigilo dos 28 pedidos de abertura de inquérito contra deputados e senadores acusados de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

Conforme a assessoria do STF, os 47 políticos serão investigados em 21 inquéritos instaurados no tribunal. Para o ministro Teori Zavascki, há indícios de ilicitude e não foram verificadas “situações inibidoras do desencadeamento da investigação”.

Arquivamentos
Além dos pedidos de abertura de inquérito, o Ministério Público Federal pediu o arquivamento em outros sete casos, entre os quais os dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência da República, e Delcídio Amaral (PT-MS); e dos ex-deputados Alexandre Santos (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ex-presidente da Câmara.

Outros três – os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado e ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) – tiveram parte das acusações arquivadas, mas serão alvos de inquérito em relação a outra parte.

Veja abaixo a lista de investigados:

PMDB

Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara
Renan Calheiros (AL), presidente do Senado
Edison Lobão (MA), senador e ex-ministro
Roseana Sarney (MA), ex-governadora
Aníbal Gomes (CE), deputado federal
Romero Jucá (RR), senador
Valdir Raupp (RO), senador

PT

Gleisi Hoffmann (PR), senadora e ex-ministra
Lindbergh Farias (RJ), senador
Humberto Costa (PE), senador e ex-ministro
José Mentor (SP), deputado federal
Vander Loubet (MS), deputado federal
Antonio Palocci (SP), ex-ministro
Cândido Vaccarezza (SP), ex-deputado federal
João Vaccari Neto, tesoureiro do partido

PP

Ciro Nogueira (PI), senador
Gladson Cameli (AC), senador
Benedito de Lira (AL), senador
Nelson Meurer (PR), deputado federal
Luiz Fernando Faria (MG), deputado federal
Mário Negromonte (BA), ex-ministro das cidades
Aguinaldo Ribeiro (PB) deputado federal e ex-ministro
Arthur Lira (AL), deputado federal
Simão Sessim (RJ), deputado federal
José Otávio Germano (RS), deputado federal
João Sandes Júnior (GO), deputado federal
Eduardo da Fonte, deputado federal
Dilceu Sperafico (PR), deputado federal
Jerônimo Goergen (RS), deputado federal
João Leão (BA), vice-governador da Bahia
Afonso Hamm (RS), deputado federal
Missionário José Olímpio (SP), deputado federal
Lázaro Botelho Martins (TO), deputado federal
Luiz Carlos Heinze (RS), deputado federal
Renato Molling (RS), deputado federal
Roberto Balestra (GO), deputado federal
Roberto Britto (BA), deputado federal
Vilson Covatti (RS), ex-deputado federal
Waldir Maranhão (MA), deputado federal
João Alberto Pizzolatti (SC), ex-deputado federal
Aline Corrêa (SP), ex-deputada federal
Roberto Teixeira (PE), ex-deputado federal
Carlos Magno Ramos (RO), ex-deputado federal
Pedro Corrêa (PP-PE), ex-deputado federal
Pedro Henry (MT), ex-deputado federal
José Linhares da Ponte (CE), ex-deputado federal

SD
Luiz Argôlo (BA), ex-deputado federal, ex-PP

PTB
Fernando Collor (PTB-AL), senador e ex-presidente da República

PSDB
Antonio Anastasia (MG), senador e ex-governador

Sem partido
Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, lobista apontado como operador do esquema

ARQUIVADOS
Aécio Neves (PSDB)
Alexandre José dos Santos (PMDB)
Delcídio do Amaral Gomes
Henrique Eduardo Alves (PMDB)

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