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Roseana diz que o pai, José Sarney, ficou na moita

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Os partidos que apoiaram a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff tentaram manter um clima de não comemoração do resultado, mas ao menos três festas aconteceram na madrugada desta segunda-feira, em Brasília: uma, na casa do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI); outra, na casa do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM); e uma terceira na casa do tucano Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). Em comum, a maior parte dos convidados para as três festas passaram antes na residência oficial do vice-presidente Michel Temer.

O relato dos parlamentares que circulavam entre as três festas era parecido: Temer mantinha um sorriso “contido”, “sóbrio” e uma conversa técnica sobre o andamento do processo de impeachment no Senado. Nada de vinhos e uísques sendo servidos na casa do vice. Surpreendeu os convidados o cardápio escolhido: coxinhas de frango com catupiry, quibes, água, suco e refrigerantes. As presenças de sua mulher, Marcela, e do filho mais novo, Michelzinho, chamaram a atenção dos que estiveram no Jaburu. O menino, contaram parlamentares, passava pelos convidados a bordo de um skate.

Depois do beija-mão no Jaburu, os parlamentares se distribuíram entre as comemorações.

A ex-governadora do Maranhão e ex-senadora Roseana Sarney (PMDB), chegou à casa de Heráclito pela meia-noite. Pediu uma taça de champanhe e esqueceu de cumprimentar o anfitrião. Menos de cinco minutos depois de chegar, Heráclito a aborda: “Boa noite, Mercadante”, para riso geral dos convidados. A frase, cunhada pelo ex-democrata e hoje socialista faz referência à época em que Aloizio Mercadante foi senador. O petista era considerado “indigesto” pelos pares. Então, Heráclito criou as piada interna: quem não cumprimenta quando chega a um evento é logo apelidado de Mercadante.

NA MOITA

Roseana Sarney baixou em Brasília e ajudou a conter a sangria na bancada do Maranhão. Retomou apoios. Seu irmão, Sarney Filho (PV-MA), segurou maioria na bancada do PV pelo impeachment.

Roseana contou ao grupo de deputados que o pai, José Sarney, deu o braço a torcer. Ele ficou na moita durante o processo de negociações, mas ela decidiu deixar claro o seu lado na reunião do diretório do PMDB, quando o partido aprovou, a jato, o desembarque.

— Meu pai disse que apostei no cavalo certo — disse. E, em seguida, emendou: — Como pode tudo isso! Fui duas vezes coordenadora do impeachment — se vangloriou, deixando evidente sua intensa atuação na busca de votos de deputados maranhenses pelo afastamento de Dilma. Nas conversas, Roseanna reclamou de Dilma, dizendo que nunca foi política.

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