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Roseana dá “tchau” na renúncia e cita Alcione

Roseana Sarney deixa cargo de governadora do Maranhão (Foto: Ribamar Cunha/ O Estado)

Roseana Sarney deixa cargo de governadora do Maranhão (Foto: Ribamar Cunha/ O Estado)

iDifusoraG1MA, Folha e UOL – A governadora Roseana Sarney entregou há pouco a carta-renúncia. A solenidade ocorreu no Palácio dos Leões com a participação de vários políticos e de familiares da governadora.

No seu discurso de despedida, Roseana citou a música A Despedida, da amiga Alcione Nazaré. Nela, a letra diz o seguinte: “Adeus eu já vou me embora. É chegada a hora de eu me despedir. Assim como dia se despede da noite. Eu me despeço de ti”.. No final do pronunciamento, deu um “tchau”.

A cadeira de governador será ocupada ainda hoje pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB). Já a presidência da AL será ocupada até fevereiro pelo deputado Max Barros.

O cargo foi transmitido pelo presidente da AL- MA porque o vice-governador, Washington Oliveira, renunciou ao cargo em 2013, para assumir a vaga do conselho no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Faltando 21 dias para terminar seu quarto mandato, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), anunciou nesta quarta-feira (10) que sua renúncia ao cargo ocorre por “recomendações médicas”. “Me recolho para um descanso necessário, pelo bem da minha saúde”, afirma Roseana na carta de renúncia.

O deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa, assumirá o governo maranhense, permanecendo no cargo até o dia 1º de janeiro de 2015. Isso ocorre porque o vice-governador, Washington Oliveira, renunciou ao cargo, no final do ano passado, para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado.

Em seu discurso, ela agradeceu o apoio de políticos, de seu partido e dos servidores públicos que trabalharam em seu governo. O pai de Roseana, o ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), esteve na solenidade.

Em nota, a governadora atribui sua renúncia a “recomendações médicas”. “Nos últimos meses, cumpri uma extensa agenda de visitas, vistorias e inaugurações de obras em dezenas de cidades do Maranhão. Agora, por recomendações médicas, me recolho para um descanso necessário, pelo bem da minha saúde”.

Com sua decisão, ela evita passar a faixa a seu sucessor, Flávio Dino (PC do B). Eleito no primeiro turno 63,52% dos votos, Dino encerrou com sua vitória um ciclo de quase 50 anos de poder do grupo político de José Sarney no Estado.

O candidato ao governo apoiado pela família Sarney, Edison Lobão Filho (PMDB), teve apenas 33,69% e ficou em segundo lugar.

Em abril deste ano, Roseana havia anunciado que desistiria de disputar uma vaga no Senado e que cumpriria seu mandato até o final.

Na terça-feira, o governador eleito Flávio Dino (PC do B) havia criticado a renúncia e afirmou que Roseana deixará “muitos problemas” para o sucessor, que assumirá o cargo interinamente.

“Eu lamento porque vão ficar muitos problemas para o sucessor dela até o fim do exercício fiscal em 31 de dezembro. Há problema de precatório, dívidas gravíssimas na saúde, convênios não pagos com prefeitos, há um risco de um calote generalizado”, afirmou.

Crises

A peemedebista enfrentou crises e denúncias de corrupção em seu governo. Em agosto deste ano, Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, investigado na Operação Lava Jato, afirmou que a empreiteira Constran pediu que o doleiro subornasse o governo do Maranhão para a empresa furar a fila em pagamentos judiciais.

Na época, o governo do Maranhão afirmou em nota que “não houve favorecimento no pagamento da ação de indenização proposta pela Constran, há mais de 25 anos”. “Foi realizado acordo judicial, com acompanhamento do Ministério Público, para negociação dessa ação, que trouxe uma economia de R$ 28,9 milhões aos cofres públicos”, afirmou o governo.

A Constran também negou irregularidades.

Roseana conviveu também com uma crise no sistema penitenciário do Estado. Desde 2013, o presídio de Pedrinhas, em São Luís, que ficou conhecido nacionalmente por ser palco de rebeliões, fugas, e decapitações de detentos, registrou 77 assassinatos de presos.

Por causa da violência, o local foi classificado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) como “extremamente violento” e “sem condições de manter a integridade física dos presos”.

Um coletivo de advogados chegou a pedir o impeachment da governadora por violações dos direitos humanos devido às mortes nos presídios, mas o pedido foi arquivado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Arnaldo Melo, que o considerou “inepto” e “sem condições de ser reconhecido”.

Roseana deixa cargo

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, renunciou ao cargo na manhã desta quarta-feira (10), em solenidade no no Palácio dos Leões, sede do Governo do Maranhão. Com o seu afastamento, quem assume o cargo é o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB). Isso acontece porque Washington Luiz, que era vice-governador, deixou o cargo em novembro do ano passado para assumir uma vaga como conselheiro do Tribunal de Contas do Maranhão. Roseana Sarney atribuiu a saída do cargo à necessidade de cuidar da sua saúde.

Roseana agradeceu à classe política e ao povo do Maranhão. “Este não é um discurso de despedida, nem um relatório. É uma fala de agradecimento. Primeiro a Deus, que me possibilitou a graça da vida. Agradeço à classe política, ao o PMDB e aos aliados, senadores, deputados e prefeitos pelo reconhecimento e  pela solidariedade. Agradeço a todos os servidores públicos que ajudaram o meu governo com trabalho competente e seriedade, e aos trabalhadores do campo pela contribuição valorosa. Agradeço ao povo do Maranhão, homens e mulheres da minha terra, a quem devo meus sucessivos mandatos, ao carinho com que sempre me trataram. Terão sempre meu amor eterno e minha gratidão perpétua”, declarou. Participaram da solenidade o senador José Sarney, secretários de Estado, deputados e representantes da classe política do Maranhão.

“Saio com a certeza do dever cumprido e com  esperança renovada de que trilhamos um bom caminho. Desejo ao meu sucessor que tenha êxito no seu mandato. Estou encaminhando à Assembleia Legislativa a minha carta de renúncia, o que faço por motivos estritamente pessoais. Não digo adeus, esta é a minha terra, o povo do Maranhão é a minha família. Estarei ao seu lado em todos os momentos de minha vida”, finalizou.

Após receber a carta de renúncia, o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB), agradeceu à confiança da governadora Roseana Sarney. ” No momento em que tomei posse como deputado, jurei honrar e cumprir a Constituição e assim farei. Irei à Assembleia Legislativa para que possa aquela casa empossar o seu governador. Estaremos trabalhando para honrar a confiança que a governadora depositou na casa do povo”, disse.

Primeira mulher eleita para governar um Estado brasileiro, Roseana Sarney Murad  candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo em 1990, quando foi eleita deputada federal pelo então PFL. Em 1994, foi eleita pela primeira vez governadora do Maranhão. Em 2002, elegeu-se senadora. Em 2006, foi candidata pela terceira vez ao governo do Maranhão, mas perdeu para Jackson Lago. Mas após a cassação de Lago, em 2009, assumiu o Governo do Estado, sendo reeleita no ano seguinte.

Em nota, divulgada por meio de sua assessoria, a governadora agradece aos maranhenses pela oportunidade de representá-los durante o período em que esteve à frente do governo, e cita como principal fator de sua precoce saída à necessidade de cuidar da sua saúde física.

Confira na íntegra a nota oficial da governadora Roseana Sarney

Foram anos de muito trabalho. Nos últimos meses, cumpri uma extensa agenda de visitas, vistorias e inaugurações de obras em dezenas de cidades do Maranhão. Agora, por recomendações médicas, me recolho para um descanso necessário, pelo bem da minha saúde.  Aos maranhenses e àqueles que escolheram nosso estado para viver, o meu muito obrigada por terem me dado a honra de representá-los. Peço a Deus que abençoe a todos e que ilumine os nossos futuros governantes.”

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