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Romário diz que achava que Fernando Sarney seria a ‘bola da vez’ na CBF

POR OSWALDO VIVIANI (JP Online)

Em entrevista ao jornalista Juca Kfouri, exibida no sábado (19) na ESPN, o deputado federal e ex-jogador de futebol Romário declarou que chegou a pensar que o empresário Fernando Sarney – filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) – seria a “bola da vez” na presidência da CBF, após a saída de Ricardo Teixeira, em março deste ano. O ex-governador paulista e “cartola” José Maria Marin – vice-presidente regional da entidade, assim como Fernando – acabou ficando com o cargo.

Romário: 'Fernando Sarney é um cara sério'

Deixando claro que é amigo particular do empresário, “independentemente da política”, Romário afirmou que Fernando Sarney – investigado na operação “Boi Barrica”, da Polícia Federal, e indiciado por cinco crimes financeiros – “é um cara sério”, que sempre o “tratou bem”.

O entrevistador Juca Kfouri lembrou a Romário que “99% da humanidade o trataria bem”, pelo que ele já fez no futebol, e que é natural que algumas pessoas se aproximassem dele e o tratassem bem “mais para ver se dessa relação poderiam tirar alguma vantagem”.

Kfouri também perguntou a Romário se ele estava atento “a todos os escândalos que envolvem o empresário e ao fato de a família Sarney ser responsável, há cerca de meio século, pela gestão do Maranhão e o estado ser um dos mais pobres do país”.

Romário desconversou e preferiu enfatizar que, segundo o estatuto da CBF, Fernando Sarney deveria ter assumido o posto máximo da entidade, que o empresário “é um profissional competente naquilo que faz” e que “as empresas dele no Maranhão sempre foram bem”.

“Consequentemente, se fosse presidente da CBF, com certeza seria no mínimo melhor do que Ricardo Teixeira”, avalizou Romário.

Sobre o atual presidente José Maria Marin, o deputado e ex-jogador manifestou opiniões ambíguas. Disse que, no início, desaprovou a indicação de Marin, devido ao “caso da medalha”, classificado por Romário como “lamentável”. Em janeiro de 2012, durante a premiação, após o jogo final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, vencida pelo Corinthians, o “cartola”, disfarçadamente, embolsou uma medalha que seria entregue a um jogador corintiano.

Depois disso, Romário afirmou ter conhecido Marin pessoalmente, tendo saído do encontro com uma “impressão positiva”.

Ao ser informado por Juca Kfouri de que recentemente Marin se “autopresenteou”com um aumento salarial de 78% (de R$ 90 mil para R$ 160 mil), Romário voltou a condenar o dirigente. “Dentro da ética, isso [o aumento] não é o ideal. É um fato que já não conta a seu favor”.

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