Jotônio Vianna
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Os discursos do governador diplomado Flávio Dino (PCdoB) e os dos demais aliados eleitos em outubro passado remetem a um horizonte promissor no Maranhão. O paraíso está quase à vista… O auspicioso finca o seu limite entre o amargo passado que se esvai e o futuro que vem. Mas todas as palavras ainda terão de se submeter ao filtro do tubo do gogó até virar realidade a partir de 2015.

Em especial para a região leste maranhense, a retórica político eleitoral do grupo vencedor no pleito passado é alvissareira. A possibilidade de Caxias sair da margem estreita das prioridades administrativas impregna o ambiente regional e ultrapassa inclusive o campo da cautela que norteia a política real. O que é imprudente do ponto de vista da verdadeira situação do erário estadual, pois a expectativa desmedida em relação a um tempo vindouro de bonanças poderá se converter em frustração à medida que demorar a chegar o tão sonhado eldorado na Princesa do Sertão e regiões circunvizinhas.

A escuridão e o mistério que rondam as arcas do Palácio dos Leões e a falta de uma noção exata do comprometimento das receitas estaduais pelo grupo que deixa o poder já apontam para um tempo nebuloso e longo até o governador eleito tomar pé da real situação da ‘Viúva’ maranhense… Até a posse, portanto, tudo o que for dito ainda será apenas parte da retórica que convenceu o povo e levou os vencedores até o poder central em São Luís… Só depois daí é que a fala dos novos governantes irá se adequar ao verdadeiro quadro com o qual se depararam após tantos anos de mandonismo da oligarquia sarneyzista.