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Roseana não concluiu Reforma da Unidade Mista do Maiobão

Com Unidade Mista fechada, pacientes sofrem com superlotação da Policlínca, no Maiobão

Com Unidade Mista fechada, pacientes sofrem com superlotação da Policlínca, no Maiobão

LUCIENE VIEIRA (JP) – Paralisada desde 2013, ainda no governo Roseana Sarney, a reforma da Unidade Mista do Maiobão, localizada na Avenida 13 (Paço do Lumiar), não tem prazo para ser retomada. Em abril passado, a Secretaria de Saúde do Estado (SES) informou que o governo iria “destravar” o aspecto jurídico da reforma para retomar as obras, mas, cinco meses depois, nada foi feito. A população do Maiobão está sendo atendida precária e provisoriamente na Policlínica, na Avenida 10.

Antes de fechar para reforma, em 2012, a Unidade Mista do Maiobão oferecia atendimento de urgência e emergência em clínica médica e pediatria, além de funcionar por 24h e realizar internações.

Uma placa que já não está mais no local informava que o custo da obra estava calculado em R$ 718,8 mil.

Fechado e sem vigilância, o prédio foi saqueado e ocupado por vândalos e usuários de droga, informaram os moradores. “Já vimos até o roubo de ar-condicionado. Além disso, escadas, ventiladores, e cadeiras foram levadas por marginais. O hospital ficou ocupado por sem-teto e por pessoas que estavam destruindo as instalações da unidade e usando o espaço para consumir drogas”, disse Antônio Alves, morador da Avenida 13.

Devido aos roubos e à presença de vândalos, uma empresa de vigilância foi contratada, a Vip. Segundo informações de um dos vigilantes, que não quis se identificar, a segurança do prédio é assegurada por 24h, por dois vigilantes que se revezam. Ele informou que a limpeza do pátio é feita uma vez por semana.

Ainda segundo informações do vigilante, dentro do prédio não há nada, somente salas vazias. “O que não foi saqueado, foi levado para outro local. Ficaram apenas alguns arquivos administrativos da Unidade Mista. Vez ou outra aparece alguém para mexer neles”.

Pelo portão principal, que permanece quase o tempo todo trancado a cadeado, pode-se notar muita sujeira e o mato crescendo no interior da unidade.

É possível ver também que parte da obra foi feita. Há pedaços de paredes demolidas e material e equipamentos de construção no pátio. Mas nem sinal de gente trabalhando.

Policlínica – Os serviços de pronto atendimento e de internação da Unidade Mista do Maiobão foram transferidos para a Policlínica, na Avenida 10, instalada num prédio pequeno, sem o menor conforto para os pacientes. O espaço não tem sequer cadeiras suficientes para todos. Cerca de 350 pacientes procuram a clínica diariamente.

A paciente Luzimar Martins Santos, de 53 anos, teve de sentar na calçada da clínica para descansar as pernas enquanto esperava atendimento.

“Eu sempre me consultava na Unidade Mista. Lá era bem melhor”, informou.

Celso Reis Costa, que mora na Vila São Luís, também em Paço do Lumiar, trouxe a filha com febre à Policlínica. “Por sorte, hoje é meu dia de folga. Não sei a que horas vamos sair daqui. Tem muita gente para ser atendida para poucos médicos”, informou.

Além do desconforto, outro problema é a falta de segurança. A Policlínica não tem vigia, mas apenas um porteiro. Outra situação é que, diferentemente da Unidade Mista do Maiobão, que atendia apenas pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a Policlínica atende também pacientes que paguem os custos dos serviços prestados.

Na Policlínica, não foi permitida a entrada do Jornal Pequeno e a diretora não quis conversar com a reportagem.

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