Os professores da rede pública municipal saíram em um “apitaço” pelas ruas de Pinheiro, mostrando toda sua indignação por não ter sido realizada a audiência do processo 502/41, referente ao processo que apura suposto envolvimento do ex-prefeito de Pinheiro Filadelfo Mendes Neto, mais conhecido como “Filuca”, por ter montado um suposto esquema de desvio de dinheiro público, segundo denuncia do Sindicato dos Professores (SINPROSEMPI) através do pagamento de uma ‘folha fantasma’ para profissionais do magistério.

De acordo com a denúncia, a ‘folha fantasma’ – com o nome de cerca de 1.000 pessoas – teria ocasionado um rombo estimado em cerca de R$ 6 milhões nas contas do município. A denúncia, municiada com farta documentação, foi protocolada ontem na Polícia Federal, no Ministério Público do Estado, na Procuradoria da República, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), no Tribunal de Contas da União (TCU).

A PGR requisitou a instauração de inquérito policial para elucidar os fatos e suas circunstâncias, solicitando que fosse enviado ofício ao Tribunal de Contas do Estado para que fosse informado sobre as regularidades das contas do município de Pinheiro, ainda referente ao exercício de 2006, apenas no tocante à verba do Fundeb e que fosse encaminhada também toda a documentação, como relatórios de informações técnicas, vistorias, notas fiscais, processos licitatórios, recibos e ordens bancárias.

Ainda segundo o Sindicato, a defesa de Filuca Mendes se valeu de uma “falha” de um servidor do Judiciário que não fez o termo de Juntada do mandato de citação do requerido, assim com se valeu da “falha” de algum funcionário do Banco do Brasil que assinou a folha como pagas ao professores. “Passe cem anos, nós vamos caducar cobrando nosso dinheiro, cobrando nossos direitos”, afirmou Elmo Cunha de Morais Sobrinho, presidente do Sindicato. (Gustavo Urbano Lopes http://gustavo45.blogspot.com)