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Li-Chang diz que não faz pesquisa para agradar jornal do Sarney

A professora doutora Li-Chang Shuen Cristina Silva Sousa publicou comunicado, no facebook, sobre a reação sem sentido do jornal O Estado do Maranhão, alvo de pesquisa da professora em um trabalho que analisa a postura editorial do pasquim.

Apenas peço para que a pessoa que escreveu o texto que deu início a esse quiprocó que foi prejudicial apenas para a imagem do jornal tenha aprendido que a lógica da academia é diferente da lógica de outros campos. Não fazemos pesquisa para agradar, não fazemos pesquisa em benefício próprio e pesquisadores sérios pesquisam o que lhes interessam porque fazer pesquisa, em bom português, dói. Dói muito. São horas de leitura, horas de análise, horas de escritura, horas de angústia aguardando as cartas de aceite dos congressos e revistas qualis (porque não adianta publicar em qualquer periódico). Enquanto a maioria das pessoas passa o fim de semana na praia, eu passo os meus na biblioteca de minha casa. Sou uma perfeccionista patológica“, disse Li-Chang Shuen.

O jornal acabou bastante criticado por ter colocado em xeque o trabalho da renomada professora doutora, insinuando que ela estaria atendendo a interesses do governo com o escopo de prejudicar a imagem do matutino. Sem levar em conta o rico currículo da pesquisadora e de sua produção científica ao longo dos anos na academia, o diário da família Sarney cometeu um grande injustiça, ocasião em que acabou repreendido por seus leitores.

Abaixo, a íntegra da publicação da prof. Li-Chang Shuen.

A Coluna Estado Maior, do jornal O Estado do Maranhão, publicou hoje os esclarecimentos que o Departamento de Comunicação Social enviou ao jornal. O texto, reproduzido em imagem a seguir, se propõe a colocar um ponto final nessa polêmica e deseja que minha pesquisa tenha sucesso. De minha parte, okay. Apenas peço para que a pessoa que escreveu o texto que deu início a esse quiprocó que foi prejudicial apenas para a imagem do jornal tenha aprendido que a lógica da academia é diferente da lógica de outros campos. Não fazemos pesquisa para agradar, não fazemos pesquisa em benefício próprio e pesquisadores sérios pesquisam o que lhes interessam porque fazer pesquisa, em bom português, dói. Dói muito. São horas de leitura, horas de análise, horas de escritura, horas de angústia aguardando as cartas de aceite dos congressos e revistas qualis (porque não adianta publicar em qualquer periódico). Enquanto a maioria das pessoas passa o fim de semana na praia, eu passo os meus na biblioteca de minha casa. Sou uma perfeccionista patológica.

Outra vez, gostaria de agradecer às centenas de manifestações de apoio que recebi via facebook, inbox, email, whatsapp, sms, ligações. Esse episódio serviu para eu ter a noção quase exata de quanto sou percebida pela comunidade acadêmica do Maranhão e de outros estados como uma pesquisadora séria e querida.

Agora, com tudo devidamente esclarecido e ponto final colocado nessa história, permitam-me voltar para a frente do word. Tenho até dia 31 deste mês para entregar um artigo de 30 páginas que será publicado em um livro com pesquisadores de várias partes do país sobre temas afetos aos países do Mercosul. Minha contribuição é derivada de minha tese, sobre o papel do telejornalismo na construção e manutenção daquilo que chamamos de identidade nacional tanto no Brasil quanto na Argentina. Se eu perder o prazo, a Elisa Ribeiro Pinchemel (uma das editoras do livro) pega um avião de Brasília só para puxar minhas orelhas. Trabalhemos, pois.

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