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Professor da UFMA é acusado de humilhar aluno de origem africana

Um professor do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) é acusado de humilhar um aluno de origem africana chamado Nuhu Ayuba.

A denúncia foi feita pelos colegas de turma de Nuhu que, indignados diante do comportamento do docente, realizaram um abaixo-assinado. Ele foi entregue a direção da instituição a fim de que sejam tomadas providências.

Segundo os relatos dos alunos, por mais de uma vez o professor, que ministra aulas da disciplina Cálculo Vetorial, interpelou Nuhu afirmando que o mesmo deveria “voltar à África” e “clarear a sua cor”. Noutro caso, o professor faz chacota com a pronúncia do nome do aluno relacionando com o palavrão “no cu”.

Apesar da discriminação, o aluno africano, que está psicologicamente abalado, tem procurado não reagir. Uma vergonha para a universidade. Veja abaixo a íntegra do abaixo-assinado divulgado pelo blog do Hugo Freitas.

CARTA ABAIXO-ASSINADO

Nós, estudantes do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, matriculados na disciplina Cálculo Vetorial, informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba humilhando-o na frente de todos os alunos da turma.

Na entrega da primeira nota o professor não anunciou a nota de nenhum outro aluno, apenas a de Nuhu, bradando em voz alta que “tirou uma péssima nota”; por mais de uma vez o professor interpelou nosso colega dizendo que deveria “voltar à África” e que deveria “clarear a sua cor”; em um outro trabalho de sala o professor não corrigiu se limitando a rasurar com a inscrição “está tudo errado” e ainda faz chacota com a pronúncia do nome do colega relacionando com o palavrão “no cu”; disse que o colega é péssimo aluno por que “somos de mundos diferentes” e que “aqui diferente da África somos civilizados” inclusive perguntando “com quantas onças já brigou na África?”.

Nuhu não retruca nenhuma das agressões e está psicologicamente abalado, motivo pelo qual solicitamos que esta instituição tome as providências que a lei requer para o caso.

Favor divulgar em todas as redes pois o que está acontecendo aqui é comum em outras Instituições.

Cristina Miranda
Coordenadora do CEN/MA

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