O prefeito de São Luís, João Castelo, e a superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-MA), Kátia Bogéa, inauguraram o Teatro da Cidade de São Luís (antigo Cine Roxy), em solenidade concorrida, na noite de quinta-feira (07). Com uma grande festa preparada para recepcionar os primeiros espectadores, o chefe do Executivo, que estava ao lado da primeira-dama Gardênia Gonçalves e de autoridades locais, disse que a entrega da nova casa é uma forma de valorizar, ainda mais, o artista local como também mais um espaço de cultura disponível à população.

“É uma imensa satisfação entregar, nesta noite, o novo Teatro da Cidade à população de São Luís. Dentro da nossa concepção, é um presente de aniversário de comemoração pelos 400 anos de São Luís”, afirmou João Castelo. Depois de fazer o descerramento da placa inaugural do Teatro da Cidade de São Luís, o prefeito fez questão de ressaltar a importância histórica do prédio que, por vários anos, abrigou o antigo Cine Roxy.

“É muito importante ter este espaço restaurado de forma que não esqueçamos momentos maravilhosos que ocorreram aqui. Este prédio tem um valor grande, pois é um bem que tem 72 anos de existência”, ressaltou Castelo. Ao encerrar o seu discurso, o prefeito foi aplaudido de pé por todos os presentes.

A solenidade de inauguração contou com a participação do Quinteto Instrumental da Escola Municipal de São Luís; da atriz, Leda Nascimento, e do Coral São João sob a regência de Fernando Mouchereck, que realizaram espetáculos magníficos que abrilhantaram, mais ainda, a festa.

A superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-MA), Kátia Bogéa, ressaltou que o Teatro da Cidade de São Luís não foi apenas restaurado, mas reabilitado. “É uma imensa satisfação vivenciar esse momento de inauguração desse teatro. Agradeço a sensibilidade e a grande vontade do prefeito João Castelo pela parceria, que resultou neste belo equipamento cultural que entregamos de presente à nossa cidade”, disse.

Durante a solenidade, a diretora do Teatro da Cidade de São Luís, Leila Nascimento, destacou o compromisso da administração municipal com a classe artística e ressaltou a parceria realizada com o Iphan. “Estamos resgatando um grande espaço para a arte, para a cultura”, frisou.

Parceria – O projeto de restauração para o espaço foi orçado em R$ 1.239.518,41 e executado através de um convênio assinado entre a administração municipal e o Iphan, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas. As obras iniciaram em julho do ano passado, sob a responsabilidade da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), presidida pelo arquiteto Aquiles Andrade, e foram concluídas em junho deste ano de 2012.

O mais novo teatro da cidade será administrado pela Func e, de acordo com sua lei de criação (nº 5.604, de 18 de janeiro de 2012), será destinado a promover encenações teatrais, apresentações de canto lírico e popular, exibições de músicas orquestradas, de canto coral, de trabalhos audiovisuais, palestras, convenções de naturezas diversas e outros eventos socioculturais.

O presidente da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, Aquiles Andrade frisou que o Teatro da Cidade de São Luís é mais um espaço para os artistas da cidade usufruírem. “É uma grande felicidade para nós”, expressou o titular da Fumph “e queremos dizer que São Luís recebe um grande presente, um espaço democrático incentivador das artes locais, artes cênicas, dança, cinema”, observou.

O Teatro Cidade de São Luís tem agora um palco de 53m² todo em madeira freijó. O salão, com capacidade para 265 lugares, com cadeiras numeradas e revestidas em tecido, recebe o nome do teatrólogo e dançarino maranhense Reynaldo Faray. No térreo tem ainda camarins, foyer, banheiros e espaço para arrendar um café. No piso superior, ficou a sala de administração, cabine de som e de projeção com equipamentos de áudio e vídeo multimídia e sistema de iluminação com 18m², além de copa e cozinha.

A fachada foi toda restaurada, mantendo sua característica original, inclusive o letreiro com o nome Roxy. O teatro foi todo adaptado para receber pessoas com deficiência física, com rampas de acesso, lugares especiais e banheiros adaptados. O piso é uma réplica do ladrilho hidráulico original e a obra manteve a inclinação original.

Entre as autoridades presentes estavam o presidente da Câmara Municipal de São Luís, Isaías Pereirinha, os vereadores José Joaquim, Francisco Chaguinhas, João Batista Matos, o presidente do Sindicato dos Artistas, Charles Melo, Haroldo Cavalcanti (Associação Comercial do Maranhão – ACM), Edilson Baldez (Federação das Indústrias do Estado do Maranhão – FIEMA), Nan Souza (Convention Bureau de São Luís), Valdemilson Almeida Nascimento (Caixa Econômica Federal), além de secretários municipais, auxiliares do governo, imprensa e população de modo geral.

Cine Roxy – Construído em 1939, com características art decó, o antigo Cine Roxy representou um período em que a cultura cinematográfica era bastante difundida na vida dos ludovicenses. Localizado na esquina da Rua do Egito com o Beco da Sé, o imóvel foi desapropriado e adquirido pela Prefeitura para ser totalmente recuperado e transformado.

O antigo Cine Roxy foi construído por Moysés Aziz Tajra, arrendatário de algumas salas de espetáculos, no final dos anos 30. Naquela época, recebeu a denominação de Cinema das Estrelas.

Em junho de 1939, o prédio abriu suas portas para o público, apresentando “As aventuras de Hobin Hood”, que ficou três meses em cartaz. Entretanto, o Cine Roxy não acompanhou a evolução tecnológica e perdeu seu espaço para outras salas de cinemas que foram abertas na cidade.

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Detalhes técnicos

*A fachada foi toda restaurada, mantendo sua característica original, inclusive o letreiro com o nome Roxy;

*O Teatro da Cidade de São Luís é todo adaptado para receber as pessoas com deficiência física, com rampas de acesso, lugares especiais e banheiros adaptados;

*O piso é uma réplica do ladrilho hidráulico original;

*O teatro possui 265 lugares, com cadeiras numeradas revestidas em tecido;

*A obra manteve a inclinação original do piso;

*O palco, que antes tinha aproximadamente 26,51m2, após a reforma, foi ampliado ficando aproximadamente com 53m2, todo em madeira freijó;

*A bilheteria também foi ampliada. O espaço era de 2,66m2; hoje são 11m2;

*No térreo, ainda tem camarins, foyer e banheiros;

*No piso superior, encontram-se administração, copa, cozinha e cabine com aproximadamente 18m2, toda equipada com sistema de som e iluminação.