* Weverton Rocha

Um serviço aéreo de qualidade é o mínimo que nós, cidadãos, podemos exigir das companhias aéreas no Brasil. Infelizmente, estamos vendo a situação da aviação regional e nacional piorar a cada dia. São poucos voôs, cancelamento e atrasos constantes, preços abusivos das passagens, espaço interno das aeronaves limitado e serviço de informações caótico.

Para entendermos melhor a situação da malha aérea brasileira, principalmente durante a realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014, e cobrarmos alternativas, solicitei uma audiência pública para discutir o tema na Câmara Federal. Se antes da realização da Copa já temos falhas graves na prestação do serviço, durante o evento, quando a demanda será ainda maior, temo que nós, maranhenses, fiquemos ainda mais reféns da boa vontade das companhias.

Toda a melhoria da estrutura aérea que os governos federal e estaduais e companhias aéreas vem realizando, incluindo reforma e modernização de aeroportos, ampliação da quantidade de voos, entre outros itens, foi planejada para atender àquelas cidades com maior demanda de público durante os jogos. Com isso, minha preocupação é que o nosso estado possa sair prejudicado com esse novo redesenho da malha aérea.

É preciso garantir que o atendimento à demanda excepcional não acabe resultando em prejuízos e transtornos ainda maiores para uma população que já enfrenta problemas com o transporte aéreo em condições normais. Como deputado federal, integrante da Subcomissão de Aviação Civil e principalmente como brasileiro, farei o que estiver ao meu alcance para não permitir que abusos e injustiças comuns na aviação civil continuem a ocorrer. As companhias não podem praticar preços de mercado conforme a demanda até mesmo porque funcionam por meio de uma concessão. Se o transporte aéreo é um serviço público, podemos e devemos cobrar da Anac e das próprias companhias aéreas, no mínimo, um serviço de qualidade.

* Weverton Rocha é deputado federal pelo PDT do Maranhão