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Polícias Civil e Militar devem unir forças para coibir ‘rachas’ em SL

POR GABRIELA SARAIVA (JP)

Em entrevista ao Jornal Pequeno, a delegada titular da Delegacia de Acidentes de Trânsito (DAT), Ana Cláudia Melo, informou que, em função dos últimos casos de acidentes causados pela prática de “rachas”, em locais proibidos, as polícias Civil e Militar deverão unir forças e traçar estratégias para coibir esse tipo de crime na capital maranhense.

Apesar de a responsabilidade da prevenção e repressão a esses atos serem de competência da Polícia Militar, a delegada explicou que as polícias deverão se ajudar diante desta incidência.

Na noite da última terça-feira (20), mais um acidente de trânsito, que pode ter sido provocado pela realização de “rachas”, foi registrado na Avenida Litorânea, na Praia de São Marcos. A colisão envolveu três veículos, um de cor dourada, outro vermelho e um prata, todos com placas ainda não informadas.

Segundo informações policiais, o motorista do carro vermelho estava fazendo “racha” com o outro do veículo preto, até que um deles perdeu o controle, causando a colisão entre os dois. Na violência do choque, um terceiro veículo, de cor prata, que estava estacionado regularmente na via, acabou sendo atingido.

Três pessoas ficaram feridas, entre elas o condutor do carro vermelho, Iago Luís Rodrigues Reis, e mais duas pessoas ainda não identificadas que o acompanhavam. O outro veículo estava sendo conduzido por Anderson Veras dos Santos, que sofreu apenas ferimentos leves.

Em relação a esse acidente, a delegada Ana Cláudia Melo informou que já enviou uma equipe para apurar os fatos no local, com o objetivo de tentar localizar testemunhas e averiguar se os condutores dos veículos estavam praticando “racha” no momento da colisão. Entretanto, a delegada revelou que até o momento nenhuma das vítimas ou seus parentes procuraram a delegacia para registrar ocorrência. “Nesse caso, como se trata de lesão corporal, é necessário que as vítimas ou seus parentes compareçam à delegacia para fazer a representação”, explicou Ana Cláudia.

Caso do Olho d’Água – Sobre o caso do acidente ocorrido na madrugada do último domingo (18), que resultou na morte de Larissa Pâmela Alves dos Santos, de 12 anos, a delegada Ana Cláudia Melo revelou que, a princípio, diante dos depoimentos já colhidos, Jhon Willys Sousa de Lima, conhecido como “Jhon Gordo”, de 31 anos, não estava participando de “racha”, no momento do acidente. Conforme relatou a delegada, o acusado ainda estaria chegando ao local, no momento do acidente, com a intenção de participar das disputas. Entretanto, para a polícia não há dúvidas de que ele estava empregando excesso de velocidade. “Testemunhas que estavam no local, no momento do acidente, além do próprio Charles, uma das vítimas, afirmaram que só viram o carro que estava sendo conduzido pelo acusado, em alta velocidade”, revelou a delegada.

Ana Cláudia também explicou que a prisão preventiva do acusado será solicitada se for comprovado que ele estava participando, efetivamente, de “racha”, no momento do atropelamento. Questionada sobre a possibilidade de o pai da vítima ser responsabilizado pelo fato de a menina está em local e horário inadequados, a delegada afirmou que ele não teve culpa no acidente.

“Não existe responsabilidade criminal para o pai da vítima. Quem tinha que ter cuidado e não está dirigindo em alta velocidade no local daquele, mesmo sendo de madrugada, era o condutor do veículo. Ele sim tem que ser responsabilizado. A menina estava acompanhada de uma irmã adulta e não existe crime para isso”, declarou a titular da DAT.

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