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Pesquisas: Timon larga na frente

Timon, dependendo do índice com que se mede, disputa com Caxias a condição de terceira cidade do Maranhão. Em população, segundo o IBGE, já ostenta essa condição. No PIB, cai para quarto lugar.

Mas se houvesse um índice para medir o interesse das cidades pela disputa eleitoral, certamente Timon estaria em primeiro lugar no Maranhão. Por lá, as eleições são sempre quentes. As casas ostentam suas preferências nas fachadas e a população vai às ruas como se disputasse um Fla-Flu cívico.

Agora vem mais uma prova desse fervor político, ao olharmos o site do TSE que registra as pesquisas eleitorais. Pela legislação, desde o início do ano eleitoral, toda pesquisa deve ser registrada para ser publicada. Terminado o segundo mês do ano, já foram registradas em todo o Maranhão 9 (nove) pesquisas. Nenhuma em São Luis, para desgosto de quem acompanha a política local. Uma em Imperatriz, uma em Caxias, Colinas, Dom Pedro, Bequimão e, acreditem, 3 (três) em Timon. Isso mesmo, um terço de todas as pesquisas registradas no Estado, até aqui, foram realizadas em Timon.

O mais curioso é que não é propriamente a disputa eleitoral que mobiliza tamanha curiosidade. Nesse sentido, as pesquisas apontam um amplo favoritismo do deputado Luciano Leitoa. O que mobiliza o interesse geral é a disputa pré-eleitoral, ou seja, quem será o candidato escolhido pela prefeita Socorro Waquim para enfrentar o deputado Luciano Leitoa.

A primeira pesquisa divulgada, realizada pelo Instituto Data AZ, revelou vantagem para o sobrinho da prefeita, o vereador Thales Waquin, que teria 17% de intenções de voto, contra 8% do vice-prefeito Edivar Ribeiro, seu concorrente dentro do grupo político da situação. Nessa pesquisa Leitoa aparece com 37,5 %.

Uma outra pesquisa, realizada pelo Instituto Piauiense de Opinião Pública, IPOPE, embora tenha sido registrada teve apenas uma resposta “vazada” para a imprensa. Justamente a que indagava em quem o eleitor votaria se fossem candidatos apenas Thales e Edivar, num cenário evidentemente irrealista já que são ambos correligionários do PMDB, portanto impedidos de disputar a mesma eleição. Nesse caso, Edivar teria 36,33% contra 12,67% de Tales Waquin. Por que evitou-se divulgar os números gerais? Especula-se que esses não seriam tão favoráveis ao candidato Edivar, ou apenas para não alimentar o favoritismo do deputado Luciano Leitoa.

Agora uma nova pesquisa, do Instituto Jales, dá nova luz sobre o cenário pré-eleitoral em Timon. Realizada de 23 a 25 de fevereiro e divulgada nesta quarta-feira, a pesquisa aponta empate técnico entre Edivar e Thales e aumenta ainda mais o favoritismo do deputado Luciano.

Pela pesquisa, na pergunta estimulada, Luciano teria 50,5% da intenção de votos, Edivar teria 11,4% e Thales 10,8%. Considerando a margem de erro de 4,4% (amostragem de 350 eleitores), os dois candidatos da situação estariam empatados tecnicamente. Outros candidatos pontuaram, a saber: Alexandre Oliveira, 9,1%; Uerli Queiroz, 5,4%; Irmão Willian, 4%; João da Gráfica, 0,8%. Marco Lago não pontuou e 7,7% se mostraram indecisos.

Para complicar, nos cenários da disputa real entre Luciano Leitoa e cada um dos dois, isoladamente, a diferença permaneceu nas margens de erro estatísticas. Edivar teria 17,7% e Thales 16,2%.

Estaria, então, manipulado o número divulgado pelo IPOPE dando ampla vantagem a Edivar num cenário sem a presença de Luciano? Analisando em profundidade as duas pesquisas publicadas vemos que não. O problema é que o gradiente de potencial de voto (intenção menos rejeição) de Edivar é superior ao de Thales. Na pesquisa Data AZ o gradiente de Thales é negativo, -7,2%, contra 0,5% de Edivar. Na pesquisa Jales a diferença é ainda maior. Thales tem gradiente negativo de -22,9% enquanto Edivar aparece com 4,8%, positivos. Para efeito de comparação, o gradiente de Luciano Leitoa é de 36%.

Em outras palavras, Thales Waquin tem teto mais baixo e teria mais dificuldades para perfurar os índices de rejeição provavelmente herdados pela péssima imagem que desfruta a administração da prefeita Socorro. Na pesquisa Jales, quase 70% dos timonenses rejeitam a administração atual. Na pesquisa Data AZ nada menos que 71% dos eleitores acreditam que o próximo prefeito deve mudar completamente a forma de administrar a cidade.

Independente dos resultados, o povo de Timon já pode se sentir vencedor, ao ser contemplado com pesquisas para a sua tomada de decisão.

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