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Permanência da Força Nacional nos presídios do MA é prorrogada

Do UOL, em São Paulo

Em meio a mais uma onda de ataques a ônibus em São Luís, o Ministério da Justiça autorizou hoje (2) a prorrogação por 90 dias da permanência das tropas da Força Nacional de Segurança que atuam nos presídios do Maranhão. Mesmo se a autorização para emprego do reforço federal ocorrer em caráter “episódico”, o Estado conta com a ajuda desde o dia 23 de outubro de 2013.

Atendendo a outro pedido da governadora Roseana Sarney, o Ministério da Justiça enviou homens da Força Nacional para atuar no reforço da segurança nas ruas da capital maranhense e região metropolitana. O trabalho ostensivo começou a ser realizado no início da semana.

Apesar do reforço das tropas federais no sistema prisional, que ocorre há três semanas, 49 presos fugiram do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior do Maranhão. Só este ano foram registradas 17 mortes dentro do estabelecimento prisional. No último dia 15, o então diretor da Casa de Detenção de São Luís (MA), Cláudio Barcelos, foi detido preventivamente por suspeita de facilitar a fuga de presos e também autorizar, mediante pagamento, que detentos deixassem a unidade irregularmente e retornar após cometerem crimes. Ontem (1º) o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) concedeu alvará de soltura para que Barcelos responda as acusações em liberdade.

Maior estabelecimento prisional do Maranhão, Pedrinhas tem sido palco de constantes rebeliões, brigas e assassinatos. Em 2013, conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), houve 60 mortes. Também partiram do interior do complexo ordens para que bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital maranhense e ateassem fogo a ônibus.

Ônibus nas ruas
Após os rodoviários suspenderem temporariamente os trabalhos na noite de ontem por conta da insegurança na região, os ônibus das linhas de São Luís e da região metropolitana, que atendem mais de 700 mil pessoas, voltaram a circular na manhã desta quinta-feira (2). A retomada do transporte coletivo ocorreu depois de uma reunião entre a SSP (Secretaria de Segurança Pública) e o SET (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros) e o Sttrema (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Estado do Maranhão).

No encontro, a secretaria tentou mostrar que a polícia está respondendo aos ataques a ônibus — três pessoas acusadas de incendiar os dois ônibus foram presas e três adolescentes, apreendidos. Um outro suspeito foi morto durante troca de tiros com os agentes.

“A polícia conseguiu prender os envolvidos na ação criminosa e temos que continuar confiando no sistema de segurança”, disse o presidente do SET, José Luiz de Oliveira Medeiros, ao explicar a decisão de cancelar a paralisação.

Na manhã de quarta-feira (1º), dois ônibus foram incendiados por criminosos nos bairros Recanto dos Vinhais e Piquizeiro (próximo ao Anil). Até agora já são 18 ônibus queimados desde a retomada dos ataques a coletivos, no sábado (20), quando quatro ônibus e um microônibus foram incendiados em São José de Ribamar (região metropolitana de São Luís). Ninguém ficou ferido.

Em nota, a SSP garantiu o reforço do policiamento na região metropolitana de São Luís, mas não informou o número de efetivo que estará nas ruas a partir desta quinta-feira. Homens da Força Nacional de Segurança patrulham a capital desde segunda-feira (29) a pedido do governo do Estado.

A polícia já sabe que os ataques foram ordenados por presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, que há quase um ano vive uma enorme crise devido a brigas entre líderes de facções criminosas e a retaliações a ações do governo.

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