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Perigo de São Luís ficar sem água

A proposta de aumento de 38% nas contas d’água da Caema tem suscitado um debate que, no final, não consegue esconder um perigo terrível: o de que São Luís fique sem água potável definitivamente. Mais de um milhão de habitantes precisam ser abastecidos por um sistema que caducou pelas mais diversas razões. E a secular inoperância da Caema é apenas uma delas.

Ocorre que a estiagem castiga o Maranhão como nunca. Não chove há muitos dias nas cabeceiras dos principais rios e nos riachos do estado. Segundo comentava ontem um jornalista, quem subir ou descer o rio Itapecuru vai contemplar um triste espetáculo de devastação, de árvores mortas e arrancadas, de florestas incendiadas e desmatamento criminoso. E esse é o rio responsável pelo abastecimento de água de mais de 60% da população de São Luís.

Na semana passada, o deputado Neto Evangelista noticiou que fez a entrega do projeto ‘Itapecuru águas perenes’ ao presidente da Companhia de Desenvolvimento Vale do São Francisco – Codevasf, engenheiro João Batista Martins. E o deputado denunciava que já faz muitos anos que o rio Itapecuru vem sofrendo um contínuo processo de degradação. A governadora Roseana Sarney já assinou a ordem de serviço para substituição dos 19 quilômetros de adutoras do Sistema Italuís. Mas talvez isso não baste. É preciso, também, vigiar a depredação do rio. Deste e de outros que no Maranhão estão sendo destruídos pelo envenenamento, desmatamento e queimadas em suas margens.

Este é o assunto mais sério da administração no Estado hoje; da administração estadual e municipal. A capital do Maranhão corre o risco de viver uma seca definitiva com a estiagem e a devastação que se prolongam. Só não enxerga essa realidade quem não quer.

(JM Cunha Santos, no JP)

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