Publicamos, em um post abaixo, a seguinte nota, reproduzida do jornal Tribuna do Nordeste. Veja:

“Alguns arquitetos estão questionando o preço dos quilômetros da Avenida Quarto Centenário, ligando o bairro da Camboa ao bairro da Liberdade. Iniciada pelo ex-governador Jackson Lago, os três quilômetros da avenida vai custar a bagatela de 200 milhões de reais segundo o secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Pedro Fernandes. Fazendo as contas, o arquiteto Ronald Almeida, indignado, disse que cada quilômetro sairá por 52 milhões de reais. É bem possível que o secretário Pedro Fernandes, que é engenheiro, tenha suas explicações para tão alto custo”.

Mostrando que tem compromisso com a população e com a verdade dos fatos, o sério e competente secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano Pedro Fernandes, através da Assessoria de Comunicação da pasta, se posicionou sobre os pontos abordados pelo blog e nos enviou esclarecimentos quanto aos gastos da construção da Avenida Quarto Centenário e dados técnicos referentes à obra. Confira a seguir. As conclusões ficam a cargo do leitor.

Esclarecimento

Caro John Cutrim,

A Avenida IV Centenário é realmente cara, no entanto com grandes benefícios sócio-ambiental. São 1.090 metros de Pontes e Elevados, com 30 metros de largura (equivalente em concreto, às pontes Bandeira Tribuzi e José Sarney), sobre pilares com estacas-raiz encamisadas em aço na grande maioria.

A sua comparação de custo, talvez, se aplicasse melhor em metros quadrados ao invés de quilômetros.

São 3.000 m (seis espigões da Ponta D´Areia) de molhe em pedra granítica, que consumirão 187.000 m3 de pedra, atravessando áreas de terra mole (lama) de até 30 metros de profundidade e aterro com 750.000 m3 de areia, mais reforço de material laterítico para receber o asfalto.

Os números também nos surpreenderam, por isso, as Obras só recomeçaram depois de um estudo detalhado dos quantitativos que foram realizados pela DRA Consult, empresa especializada em projetos em terra mole.

O Projeto inicial foi elaborado mais em conta e teve o aterro hidráulico contido em paliçadas (tapumes de madeira).

Porém, a maré de até 6 metros de altura, esparramou toda a areia. Daí, a necessidade de mudança no modo construtivo para molhe de pedra granítica.

Reiteramos convite ao Ronald Almeida, nosso amigo, para que nos faça uma visita, e, teremos o maior prazer de mostrar todos esses números, registrando que sua opinião será sempre levada em consideração.

Um grande abraço

Pedro Fernandes