Padilha defendeu parceria entre governos. E Roseana topa?

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha anunciou, ontem, durante reunião com a governadora Roseana Sarney, os senadores José Sarney e Edinho Lobão e o ministro Gastão Vieira a liberação de R$ 60 milhões para salvaguardar o projeto megalomaníaco e sem planejamento de construção dos 72 hospitais do Programa Saúde é Vida.

O governo vinha inaugurando as unidades de saúde apenas com a estrutura física, sem equipamento e profissionais, transformando-as em verdadeiros esqueletos.

Por outro lado, colocando em xeque “a boa intenção” do governo Roseana com a saúde do Estado (R$ 60 milhões é um valor ínfimo perante as centenas de milhões despejados pela SES e mesmo assim não tem sido suficientes – não se sabe realmente o destino desse montante), vale lembrar que no início do ano, o mesmo ministro Alexandre Padilha anunciou que destinaria R$ 18 milhões como suporte à Prefeitura de São Luís para que fosse investido na rede de saúde da capital.

Logo após tomar conhecimento, o grupo Sarney não perdeu tempo e tratou de inviabilizar a parceria do governo federal com o prefeito Edivaldo.

Para tanto, o governo do estado acionou seus parceiros com o escopo de jogar água fria na parceria entre Município de São Luís e Governo Federal. Sebastião Madeira (PSDB) e Gleide Santos (PMDB), prefeitos de Imperatriz e Açailândia, pediram, por exemplo, que o montante destinado a resolver os problemas de São Luís fosse dividido com demais municípios.

Algo que já tinha sido anunciado somente para São Luís.

Diante do impasse, o tempo passou e o recurso que, a priori, o ministro Padilha teria alocado a São Luís acabou não saindo devido à pressão política do grupo Sarney.

Mais uma oportunidade que a governadora Roseana Sarney terá para dar praticidade ao discurso de parceria distribuindo isonomicamente os recursos liberados pelo Ministério da Saúde entre os municípios, inclusive São Luís.