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Análise: Os números da nova pesquisa Exata

flavio-e-lobinhoPor Nonato Reis (jornalista e escreve para o Jornal Pequeno aos domingos)

A nova pesquisa Exata/TV Guará, para o governo do Maranhão, divulgada esta semana, aponta um cenário de estabilidade entre os principais personagens desta disputa, tomando como parâmetro o levantamento de maio, do mesmo instituto. Pelos números atuais Flávio Dino aparece com 54% das intenções de voto, seguido de Edison Lobão Filho, com 25%. Em relação a maio, houve uma oscilação de dois pontos. Naquele estudo, Dino tinha 56%, e Edinho, 23. Como a margem de erro é de 3,2 pontos para mais ou para menos, pode-se dizer que não houve alterações.

Os dados foram colhidos entre os dias 10 e 15 deste mês com 1.400 eleitores de 45 municípios maranhenses. O registro na Justiça Eleitoral tem o protocolo MA-00022/2014. Depois dos dois principais candidatos, bastante recuados surgem Zeluís Lago, com 2% e os demais, Antônio Pedrosa, Josivaldo Corrêa e Saulo Arcangeli, todos com 1%.

Em termos analíticos, a conclusão que se pode tirar dessa pesquisa é que Flávio Dino se mantém em um elevado patamar de intenção de votos, enquanto Edison Lobão Filho parece aglutinar em torno de si os votos fiéis ao grupo Sarney, o que já é um bom sinal. Do lado de Dino, ele se vê na situação do piloto que atingiu o céu de brigadeiro e tenta apenas manter a rota. Da parte de Edinho, o quadro impõe um ousado plano de voo, para não se deixar abater no meio do caminho.

O problema do candidato governista não é apenas crescer, porém progredir de tal forma que faça minguar o quantitativo de eleitores inclinados a votar no seu oponente. Como esta é uma eleição de turno único, a tarefa parece ainda mais inglória, porque não basta tirar votos dos candidatos que estão abaixo de si (que representam um universo eleitoral restrito), importa reduzir o tamanho de Flávio Dino perante o eleitor.

Fazendo uma leitura de todas as pesquisas realizadas no período de um ano, observa-se que a intenção de votos em Flávio Dino segue uma linha constante, com pequenas flutuações. Ele sempre trafegou em um estágio acima de 50%, chegando a ultrapassar 60%, quando da desistência de Luís Fernando, o que sugere que os eleitores que declaram votar nele se sentem seguros dessa decisão.

No caso de Edison Lobão, levando-se em conta o pouco de tempo de exposição como candidato, ainda é prematuro fazer projeções. Pode-se dizer, no entanto, que obteve uma boa arrancada, promovendo a unidade do grupo, que, momentaneamente, ficara sem norte com a desistência de Luís Fernando, e repatriando os votos que haviam migrado para o lado oposicionista.

O cerne da questão, no caso de Edinho, é encontrar o tom do seu discurso, que não deve ter aquele verniz governista nem tampouco um sentido de ruptura, porém indicar um olhar novo no jeito de gerir e apresentar respostas firmes para as graves demandas do Estado. Edinho terá também que lidar com a fadiga de um grupo que está há meio século no poder e a sensação de fragilidade, ante aos anúncios de aposentadoria do senador José Sarney e de sua filha, Roseana.

O artigo completo aqui.

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