Cresceram nos últimos dias os rumores sobre uma possível desistência da candidatura de Roseana Sarney ao governo do Maranhão. E vários fatores estão sendo levados em consideração pela cúpula oligárquica para decidir se segue em frente com o projeto da ex-governadora ou não.

O primeiro deles é a falta da máquina pública para fazer campanha. Nunca a oligarquia Sarney chegou ao Palácio dos Leões senão aparelhando o Estado para captar votos. Em 2006, após rompimento de José Reinaldo, o clã perdeu a eleição para Jackson Lago, então apoiado pelo governador à época.

Outro fator que está pesando para a oligarquia é a rejeição do presidente Michel Temer, do qual José Sarney é o maior conselheiro, e a falta de verbas federais para irrigar a campanha. Por ser aliado do governo federal, Sarney pensou que faria a festa com recursos oriundos de Brasília para tentar cooptar apoios. A única coisa que ele conseguiu foi barrar R$ 50 milhões que seriam destinados para a saúde do Maranhão.

O isolamento de Roseana também está pesando na decisão do clã. Os Sarneys viram todos os seus históricos aliados abandonarem o projeto do atraso e aderirem a um novo e moderno modelo de desenvolvimento implantado pelo governador Flávio Dino no Maranhão. Com isso, Roseana será obrigada a marchar somente com seus pares, que estão tão desgastados quanto ela.

Mas talvez o fator mais determinante de todos seja a popularidade de Flávio Dino. Bem entre a população e a classe política, o governador goza de prestígio e um portfólio de ações que assusta a oligarquia pelo volume de obras em apenas 3 anos e poucos meses.

Além disso, a fracassada caravana de Roseana por mais de 30 municípios evidenciou, ainda mais, a falta de prestígio político do clã Sarney e a liderança de Flávio Dino em várias regiões do Maranhão.

Diante de todos esses fatores, a oligarquia Sarney repensa quase que diariamente se vale a pena entrar na eleição em outubro. Uma derrota de Roseana para Flávio Dino enterraria de vez o clã que dominou o estado por quase 50 anos.