Não é a oposição que afirma que a governadora Roseana Sarney e seu grupo há muito tempo vêm praticando irregularidades no estado para vencer as eleições.

A própria justiça apura os atos nada republicanos dos oligarcas, como o caso dos convênios fantasmas, denunciado até mesmo por um aliado do grupo.

É notório que do mesmo modus operandi praticado na eleição de 2010 a oligarquia tentará utilizá-lo no próximo ano.

Vale frisar que a justiça, através do procurador-geral da República, Roberto Gurgel no parecer em que opina pela cassação de Roseana afirma com segurança que no mês de junho de 2010 houve a celebração de 979 convênios envolvendo recursos na ordem de R$ 391.290.207,48. Segundo ele, do total de convênios, 670 foram publicados três dias antes da convenção partidária, no valor de R$ 165 milhões. Gurgel afirmou ainda que durante o ano de 2010, o governo de Roseana efetuou transferências a municípios maranhenses que somaram R$ 407 milhões contra transferências de R$ 160 milhões no ano anterior. Ainda assim, Roseana só ganhou por uma diferença mínima de 0,08%.

Ou seja, a farra de convênios eleitoreiros realizadas pela governadora não se trata de invencionice ou armação da oposição, que para se resguardar, entrou com uma representação, na Procuradoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), contra a governadora Roseana Sarney e o secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva, para coibir o uso da máquina estadual nas eleições de 2014.

Seria uma forma de impedir, em 2014, o que aconteceu nas eleições de 2010 e que motivou o parecer do Ministério Público Federal a favor da cassação do mandato da governadora por abuso de poder político e econômico naquele pleito.

Vejam que a própria justiça coloca em xeque os métodos usados pelo grupo Sarney. A oposição faz apenas seu papel de fiscalizar e evitar que atos ilícitos continuem ocorrendo. Só faltam dizer que a oposição e Flávio Dino – corretos em não deixar prevalecer a fraude e corrupção no governo roseanista- comandam a justiça. Só resta isso.