Jotônio Vianna
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O Maranhão conseguiu atrair os olhares do país e do mundo no momento em que faltam poucas horas para Flávio Dino (PCdoB) assumir o comando do Executivo do estado.

A enorme responsabilidade do futuro gestor em não decepcionar um povo que foi dura e exaustivamente enganado pelo líder populista José Sarney (PMDB) desde a década de 60 do século passado tem sido avaliada e medida por diversos meios de comunicação da região e do Brasil afora… A lupa da mídia internacional se volta para cá.

Passada a euforia da vitória e os discursos voláteis sobre o grande feito da derrubada da velha oligarquia, e já com os pés próximos de cruzar os batentes do Palácio dos Leões, agora a fala do novo governante muda e adquire contornos pessimistas quanto ao temido rombo nos cofres do erário maranhense…

O que era previsível, pois até para viajar na maionese há uma data de validade. O que não é sólido nem permanente se reduz a gás, evapora, se torna imaterial. Os discursos voláteis são assim na sua natureza política sempre nocivos ao fato concreto…

A correção na fala ufanista de Flávio Dino, portanto, era necessária. Pois o que menos precisa o Maranhão, no momento que está por vir, é do sujeito ufano. O orgulho da conquista do poder o povo anseia na figura do comunista, é certo, mas isso sem dúvida não será assim de uma hora para outra.