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Obras mal feitas revelam falhas de empresas contratadas por Roseana

Buraco na pista da Via Expressa, em São Luís (Foto: Francisco Campos/Divulgação)

PROBLEMAS DE DRENAGEM

A empreiteira cearense Marquise e a baiana Top Engenharia fizeram obras em São Luís – Via Expressa e drenagem na MA-203 – que não resistiram às primeiras chuvas

OSWALDO VIVIANI E LUCIENE VIEIRA
ESPECIAL PARA O JP

Duas obras importantes de São Luís – a Via Expressa, entregue no fim do ano passado pela então governadora Roseana Sarney (PMDB), e a drenagem da MA-203 (estrada do Araçagi), de responsabilidade da gestão do prefeito Edivaldo Holanda (PTC), finalizada no início deste ano – fizeram água antes de completar três meses, assim que chegaram as primeiras chuvas, e revelaram a incompetência de empresas contratadas pelo poder público.

O custo total das obras foi de R$ 217 milhões – R$ 200 milhões da Via Expressa, já pagos à empreiteira cearense Marquise, e R$ 17 milhões da drenagem da estrada do Araçagi, valor que seria destinado à construtora baiana Top Engenharia, mas que está sub judice.

Os problemas da Via Expressa (avenida Joãosinho Trinta) vieram à tona durante a chuva que caiu na capital maranhense no primeiro domingo de março (dia 1º): o asfalto da via cedeu de um lado a outro da pista, próximo ao acesso aos bairros do Cohafuma e Recanto do Vinhais.

Uma empresa – a Central Engenharia – foi contratada emergencialmente pelo governo do estado, e resolveu paliativamente o problema em menos de uma semana.

De acordo com o engenheiro Lauro de Castro, da Central Engenharia, a Via Expressa foi finalizada apresentando falhas no sistema de drenagem.

O engenheiro disse ao Jornal Pequeno que a empreiteira Marquise, responsável pela obra viária, fez as caixas coletoras de águas pluviais com as paredes altas, acima da superfície dos canteiros.

Por isso, segundo o engenheiro, as águas da chuva do domingo (1º), não escoaram pelas caixas coletoras.

“O resultado disso foi a pista inundada e a camada de asfalto danificada”, informou o engenheiro.

Lauro de Castro mostrou ao JP as caixas coletoras de água instaladas nos canteiros, nas imediações da pista danificada. Castro disse que, se as paredes das caixas estivessem baixas não teria surgido o problema de afundamento do asfalto no local.

O engenheiro advertiu que, se não for refeito imediatamente o sistema de drenagem na Via Expressa, vários outros trechos dos 9 quilômetros da malha viária também vão apresentar problemas nas próximas chuvas.

“As caixas d’água precisam funcionar como uma forma de escoamento para que a água da chuva seja drenada. Se isso não for feito logo, outros problemas na pista da Via Expressa vão surgir”, afirmou Castro.

O custo para a readequação de todas as caixas coletoras, fundamental para que o sistema de drenagem funcione devidamente na Via Expressa, é de cerca de R$ 5 milhões.

O reparo emergencial da pista afundada da Via Expressa custou aproximadamente R$ 50 mil, informou Lauro de Castro. O secretário de Infraestrutura do Maranhão (Sinfra), Cleyton Noleto, disse que vai pedir o ressarcimento dos gastos na recuperação do asfalto da Via Expressa à empresa Marquise.

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