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Acusado pelos suspeitos

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Do blog do JM Cunha Santos

Nos grandes júris costumam os advogados e promotores escolher testemunhas que não possam ser desfeiteadas pela defesa nem pela acusação. Assim, nem promotor nem advogado escolherão para sentar no banco de testemunhas pessoas de passado nebuloso, ociosas, alguém acusado de roubo ou de corrupção ou com tendências claras para a violência e suspeitos de toda ordem.

No que parece ser o julgamento do prefeito de São Luís, o grupo Sarney, vestindo as togas da acusação e se paramentando de juiz, dá a impressão de só ter escolhidos as testemunhas erradas. Testemunhas cujos depoimentos podem ser anulados pelo passado e por suspeitas nada republicanas também no presente.

Um dos que mais acusa o prefeito Edivaldo Holanda Júnior é o deputado Roberto Costa, que consta na imprensa como suspeito de transformar estudantes em mercenários, pagos a peso de ouro, inclusive com cargos no governo Roseana, para apedrejar o ex-governador Jackson Lago, durante o ato de lançamento do livro “Honoráveis Bandidos”.

Outro que se saiu a acusar o prefeito foi o deputado Edilazio Júnior, mas não levou muito tempo para que ninguém menos que um ex-secretário de segurança do próprio governo que defende, o deputado Raimundo Cutrim, acusasse sua condição de zangão ocioso, alguém que nunca fez nada de útil na vida.

Escalaram agora Edinho Lobão e José Sarney. Edinho Lobão ficou conhecido entre os empresários como Edinho Trinta. Sem contar suas relações nebulosas com o dinheiro dos impostos de uma cervejaria que de tanto ir a falência acabou virando cachaça.

E José Sarney? Não há internet aonde caibam as suspeitas que recaem sobre o senador, que enfrentou, inclusive, uma CPI da Corrupção quando presidente. È a mais fragilizada de todas as testemunhas. Se descontarmos suas relações nebulosas com a ditadura militar, uma acusação de assassinato falsa que fez contra Epitácio Cafeteira, crimes prescritos e acusações anuladas pela Justiça, ainda sobra muita coisa.

Ora, esse tipo de testemunha não tem autoridade para acusar ninguém de coisa nenhuma.

Podemos até dizer que o perigo nesse julgamento é que as testemunhas de acusação acabem na cadeia.

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