Editorial do JP

Numa entrevista exclusiva ao Jornal Pequeno, publicada no último domingo, o deputado Neto Evangelista disse que o PSDB não terá candidato próprio ao governo do Estado e que o partido apoiará aquele que tiver o melhor projeto para o Maranhão.

O melhor projeto para o Maranhão, é preciso que seja dito, é não sermos campeões de degola humana, é não ter detentos sequestrando pessoas em via pública, é não conferirmos mil homicídios por ano. O melhor projeto para o Maranhão é construir as escolas que nunca foram construídas, é não ficar em último lugar em todas as avaliações do Enem, é não sermos o estado mais pobre do país e com maior número de analfabetos. O melhor projeto para o Maranhão é dar acesso à Justiça para seu povo e não o monopólio das decisões judiciais para a família Sarney. O melhor projeto para o Maranhão é não ser campeão de pobreza absoluta e de mortalidade infantil.

Se pensarmos um pouco, perceberemos que não é o melhor projeto para o Maranhão investir mais em comunicação oficial (Sistema Mirante) que em agricultura e emprego. Vamos saber que não é o melhor projeto para esse estado a celebração de convênios fantasmas como esses da Sedes, nem a emasculação moral do Tribunal de Contas do Estado na subserviência de interesses político-eleitoreiros. Sim, dificilmente encontraremos projeto melhor para o Maranhão do que a alternância de poder depois de quase meio século de dominação familiar.

O melhor projeto para o Maranhão é o fim da agiotagem nos meios políticos, o fim do confisco dos recursos das prefeituras municipais. O melhor projeto para o Maranhão é o fim da compra e venda de liminares nas disputas judiciais que envolvem prefeituras.

O melhor projeto para o Maranhão é a juventude. É gente jovem exatamente como o deputado Neto Evangelista.

O melhor projeto para o Maranhão é a liberdade. Finalmente, 50 anos depois, uma liberdade que se vislumbra.