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O Maranhão que queremos

amor_maNinguém, em sã consciência, pode odiar o estado que nasceu, lugar que mora, constituiu família, criou vínculos de amizades, estabeleceu-se profissionalmente. Difícil, por mais verossímil que seja os argumentos postos por alguns, acreditar que pessoas consigam regojizar-se de desgraças que ocorrem na sua terra natal e com seus conterrâneos.

Todos, evidentemente, são conhecedores da realidade catastrófica do Maranhão. Inegável o quadro grave do nosso estado. Somos, ainda, muito carentes em vários aspectos (não vamos entrar aqui no mérito de quem é a culpa, o foco não é este agora). A crise na segurança pública é apenas uma das adversidades que enfrentamos.

Para nosso lamento – e não locupletação, prazer, contentamento – avançamos aquém de como deveríamos ao longo dos anos e, o resultado disso, claro, são os indicadores negativos que nos assombram. Continuamos pobres, atrasados, temos muitos maranhenses vivendo em condições insalubres, de extrema miséria, a educação e a expectativa de vida abaixo do patamar de razoabilidade. Isso é fato!

Bom esclarecer, não falamos disso com felicidade.

Trata-se, nitidamente, de uma realidade escancarada na qual, querendo ou não, impossível esconder.

No outro vértice, temos nossa beleza, rica cultura, culinária diversificada, uma série de atrativos onde, concordo, temos a obrigação de divulgá-las, com bem fez a jornalista Jacqueline Heluy no seu facebook, merecendo nosso louvor por isso. Devemos, sim, ter orgulho do Maranhão.

Contudo, para que possamos viver em lugar com condições melhores de vida e superar esse lado que ainda nos envergonha, antes de tudo é preciso tocar na ferida. Não há erro nenhum falar dos percalços na saúde, na educação, segurança, saneamento, enfim, desde que a questão seja tratada com verdade e seriedade.

Amar nosso estado significa ver o lado bom, magnifico, bonito, mas também o ruim, pois só assim, acreditamos, teremos condição de superá-lo.

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