Criou-se uma polêmica toda em torno da declaração do presidente da Embratur e pré-candidato a governador, Flávio Dino por ter declarado que deseja ter o apoio do PSDB e, por fazer parte como maior liderança da sigla tucana, a colaboração do ex-governador, ex-senador, ex-prefeito João Castelo.

No jogo dinâmico da política, principalmente no Maranhão, alianças entre partidos são naturais quando está em voga os mesmos projetos.

No caso da eleição do nosso estado, tanto o PSDB quanto João Castelo são opositores históricos ao grupo Sarney. Nada mais justo, portanto, do que Flávio Dino almejar ter no mesmo palanque todos aqueles que se opõem ao modelo oligárquico (prestes a completar cinquenta anos de desmando), que fez do estado do MA o mais atrasado, miserável e detentor dos piores indicadores sociais. O que há de errado nisso?

No Acre, o grupo político do atraso e o crime organizado só foi superado quando todos se uniram. Partidos como PSDB, PT e PCdoB, de linhas ideológicas diferentes, estiveram nas mesma coligação e foram vitoriosos. Só no Maranhão não pode? Quando dois ou mais têm um inimigo em comum, este mais forte e poderoso, juntam-se para derrotá-lo. Nesse caso, um Maranhão melhor e mais desenvolvido.

A declaração recente de Dino reconhecendo a liderança política de Castelo mostra a humildade de quem pensa, de forma suprapartidária, promover mudanças com a participação de todos.

Não se pode vencer só e, muitos menos, governar sozinho, desprezando o apoio daqueles que pensam em ver um estado melhor. Isso, sim, seria arrogância.

Há divergência, atritos, pensamentos diferentes, mas isso fica de lado quando está em questão o bem comum. E Flávio acerta quando pensa assim.