Há de se reconhecer que o senador José Sarney realmente é um grande estrategista.

Ninguém pode negar, quando o assunto é política e seus bastidores, que o octagenário maranhense é um mestre. Mais uma vez, os planos do presidente do Senado para derrotar a oposição vão dando certo. O truque é o mesmo de sempre: a velha tática de dividir para reinar.

Na eleição de São Luís, especificamente, o senador parece que, ao que tudo indica, deu um ‘xeque-mate’ na oposição. Vejamos. Sarney conseguiu, primeiro, minar o que era para ser uma candidatura única da oposição, liderada pelo ex-deputado Flávio Dino. Usou, através de seus infiltrados, da intriga para gerar a discórdia entre os oposicionistas. Deu certo. Em seguida, Sarney passou a insuflar alguns ditos ‘oposicionistas’ para medirem forças contra a própria oposição. Também logrou êxito. Assim pode ser visto com as candidaturas de Tadeu Palácio e Eliziane Gama.

Gama e Palácio que, até outro dia, participavam de um campo chamado democrático e popular, pregando a unidade e fazendo juras de amor ao projeto “maior” de derrotar o grupo Sarney elegendo Flávio Dino em 2014, bastou terem seus interesses contrariados para pularem fora do barco. E o pior: fazerem o jogo que Sarney queria.

Pense bem. Se Edivaldo Holanda Jr. foi o nome com maior potencial de disputar a eleição entre os quatro nomes postados (Roberto, Eliziane, Tadeu e o próprio Edivaldo) segundo apontou todas as pesquisas quanti e qualitativas, qual o motivo da debandada de Gama e Palácio? Não havia um acordo onde os demais apoiariam o melhor colocado?

Ou era um jogo de faz de conta onde todos já sabiam o final?

Sabendo da fissura no campo da oposição, Sarney passou a atuar por outra frente, dessa vez estimulando a candidatura dos descontentes. Sabe ele que quanto mais candidatos, maiores são as chances de o petista Washington Luiz chegar ao segundo turno.

Para isso, Sarney liberou alguns dos partidos da coligação do sarnopetista.

Deu ‘carta branca’ para o PR fortalecer a campanha de Tadeu; e o PSD, caso se confirme, a de Eliziane, que garantiu ao blog que permanece na oposição.

Isto é, caso Washington não se credencie ao segundo turno para enfrentar o prefeito anti-Sarney João Castelo, o clã passaria a contar com outras duas opções, Tadeu e Eliziane.

Está claro e evidente que Castelo e Edivaldo Jr. não fazem parte do consórcio de candidaturas sarneysistas. Os dois vão para a campanha contra todo o poderio da oligarquia.

É ou não é um gênio esse Sarney? Falta de aviso que não foi deste blog.