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O critério que pode fazer Lula rifar Juscelino Filho e manter Daniela do Waguinho

Os ministros Daniela do Waguinho e Juscelino Filho, do União Brasil

Lula terá uma reunião decisiva com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), na tarde desta segunda-feira. Segundo o próprio presidente disse na semana passada em entrevista à BandNews, se o ministro não provar que é inocente das acusações que vem sofrendo, não poderá seguir no cargo.

Além de ser acusado de usar verba da Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) para beneficiar aliados, durante o governo Bolsonaro, ele também utilizou um avião da FAB em caráter “urgente” para viajar de Brasília para São Paulo, onde participar de leilões de cavalos de raça e inaugurar uma praça em homenagem ao cavalo de um amigo. A viagem, descoberta pelo “Estado de S. Paulo”, aconteceu no final de janeiro.

Mas Juscelino não é o único ministro do União Brasil que tem sido alvo de denúncias.

Sua colega do Turismo, Daniela do Waguinho, também vem sofrendo desgaste com as revelações a respeito de sua ligação com milicianos do Rio de Janeiro, e reportagens mostrando que seu grupo político operava cargos fantasmas na prefeitura de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Daniela, porém, segue firme no cargo. E quem explica o por quê é um dos mais próximos aliados de Lula: “A diferença entre os dois é a capivara”, afirma esse aliado recorrendo ao termo popularmente usado como sinônimo de ficha policial. “A capivara da Daniela é antiga. Já a do Juscelino é novíssima, com fatos que aconteceram com ele já no governo. Não dá para o presidente fingir que não tem nada a ver com ele”, conclui o aliado.

Isso significa que Juscelino cai hoje? Talvez não, até porque lideranças de seu partido pressionam publicamente o governo a mantê-lo. No final de semana, o União divulgou uma nota em defesa do ministro e criticando a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, por ter afirmado que ele deveria se afastar para evitar constrangimentos a Lula.

Na nota, o União disse que “o ministro sempre teve uma atuação respeitada no parlamento”, não mencionou o caso dos cavalos e ainda acusou Gleisi de incoerência.

“Quando atitudes dos seus aliados são contestadas — e não faltaram acusações a membros do PT na história recente do País — a parlamentar prega o direito de defesa. Quando a situação se inverte, prefere fazer pré-julgamentos.”

Dada a reação, Juscelino pode até acabar ficando mais um pouco no governo. Mas, para o aliado bem próximo de Lula, pelo menos esse ministro do União Brasil já anda pela Esplanada com um ‘x’ marcado na testa. (O Globo)

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