A pouco mais de 15 dias de estabelecer-se um novo momento no Maranhão, a posse de Flávio Dino no governo é carregada de simbolismo, caracterizada principalmente pelo rompimento de um ciclo dominante que oprimiu por quase cindo décadas o povo maranhense. É a chegada de uma novo tempo e de novos ares nestas terras.

A saída de um governo que fracassou, comandado por um grupo político cujo legado é um espólio de miséria, pobreza, mortes e sofrimento e a entrada de um nome que defende  uma nova forma de fazer política associada a novas práticas – modernizadoras, eficientes, limpas – representa o renascimento da esperança na população maranhense.

Marca, por assim dizer, o ressurgimento do sentimento de fé, da expectativa de que mesmo em meio a todas as dificuldades, ainda é possível ver concretizado um modelo de gestão justo, alicerçado nos princípios de liberdade, igualdade, fraternidade.

Mesmo desacreditada (e com razão, em meio há tanta frustração com o atual governo), no fundo reside um pouco de esperança na população maranhense, acredita que o caos instalado possa ser revertido e, dessa vez, as coisas mudem de fato. Talvez a última aposta.

Não se pode deixar de enfatizar a árdua e difícil tarefa de como se deu toda a engenharia de ruptura de um sistema oligárquico poderoso – e quase imbatível, não fosse a revolta popular.

Foram anos de luta, abdicação, de militância ávida de heróis – alguns perderam a vida no front – em busca de um estado melhor e igualitário. Momentos marcados pela dor, perda, sacrifício e despojamento de todos aqueles que não tiveram medo e se engajaram no ideal verdadeiro de mudança, que está prestes a iniciar.

Na bíblia sagrada é possível traduzir bem o que que foi essa batalha, resumida nas palavras do apóstolo Paulo. “Combati o bom combate, completei a corrida, perseverei na fé!” O combate continua, agora para transformar os sonhos em realidade e na luta contínua contra as forças opressoras derrotadas.