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O anti-Sarney não se resume ser contra o grupo Sarney

O que mais se tem visto é tentar colocar um rótulo de que não passa de dicotomia furada o discurso da oposição. Tentam descaracterizar as críticas dos oposicionistas ao resumi-las a ideia de que tudo não passa do jogo Sarney e anti-Sarney. Uma tolice de quem interpreta o espectro político nesse aspecto. Esquecem que o Maranhão tem a única oligarquia ainda existente no Brasil, com quase cinco décadas no poder.

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Para muitos inocentes desavisados, os termos sarneisista, anti-sarneisista, oligarquia não quer dizer nada no debate político, como se a governadora Roseana Sarney não estivesse no seu quarto mandato e maioria dos governadores e prefeitos não fizessem parte do grupo.

O anti-Sarney, explica-se para incautos e despercebidos inocentes não significa, vejam bem, ser contra a pessoa do senador José Sarney, muito menos da governadora Roseana Sarney e ninguém da sua família.

Na verdade, quem faz oposição ao grupo oligárquico (os tachados de anti-Sarney – o titular do blog considera-se assim) se opõe ao método deste, que fez o Maranhão ser detentor dos piores indicadores sociais, segundo levantamentos dos institutos mais sérios e respeitados do país – apesar do senador Sarney, sem justificativa plausível, tentar desmerecê-los.

O discurso anti-Sarney, como denominam, nada mais é do que combater as práticas corruptas, atrasadas e antidesenvolvimentista do grupo dominante. É se posicionar contra as ações políticas de figuras que já tiveram todas as chances possíveis e não tiveram êxito de fazer do Maranhão um lugar digno de viver.

Evidente que a família não pode ser culpada por tudo de ruim no Maranhão, mas tem grande parcela de responsabilidade.

Não dá para esquecer que há uma Sarney no governo do Maranhão (quarto mandato); um Sarney no Congresso, um dos homens mais influentes da política brasileira, ex-presidente do Senado por quatro vezes e ex-presidente da República; um Sarney deputado federal. Além de outros Sarneys nas diversas esferas de poder.

Conclui-se, portanto, que não se pode fazer oposição, pregar a mudança sem necessariamente ser contra as atitudes daqueles que personificam o atraso e representam o impedimento do avanço do MA. Ora, se estamos em último em educação, desenvolvimento social, saneamento básico, não temos segurança, emprego e qualidade de vida, o chamado anti-Sarney define-se, de forma simples, em lutar contra os agentes responsáveis pela miséria do estado, atrelado a propostas que podem reverter esse cenário de decadência.

É esse o desenho da equação que a oposição discute a favor de um Maranhão melhor. Quem foge disso acaba por inocentar/isentar e tirar a culpa do grupo Sarney e os males que fizeram aos maranhenses. Quem esquiva-se de enfrentá-los, acaba favorecendo pela permanência dos mesmos no poder.

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