Maurício Savarese
Do UOL, em Brasília

Em seu primeiro dia de trabalho após quase um mês de licença médica, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta segunda-feira (14) que desconhecia a presença do bicheiro e empresário Carlinhos Cachoeira para depor na CPI nesta terça-feira (15). Ele disse ainda que o pivô do escândalo “deve ser investigado ao máximo”.

“Estou tão fora do mundo que não estava nem sabendo que amanhã era dia de depoimento do Cachoeira”, disse. O bicheiro é esperado para falar sobre suas relações, mas ainda pode obter um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar sua presença. Ele já prometeu não falar durante a reunião.

Sarney marcou presença na Casa, junto ao receber o vice-presidente Michel Temer, para uma sessão de homenagem aos 46 anos do PMDB. Para o presidente do Senado, a CPI que investiga as relações de Cachoeira com políticos e empresários “não atrapalha”.

“A CPMI está prevista na Constituição, não atrapalha o funcionamento da Casa e deve ter autonomia pra coibir os abusos detectados. Está funcionando muito bem até agora”, disse. O presidente do Senado elogiou sua vice, senadora Marta Suplicy (PT-SP), por ter conduzido votações importantes na sua ausência.