Muita gente pensou ser montagem a resposta dada pelo candidato Lobão Filho (PMDB) ao editor deste blog,  durante sabatina na TV Guará exibida na noite desta segunda-feira (11). O vídeo ganhou grande repercussão no WhatsApp e nas redes sociais, em decorrência do tom irônico do candidato diante de um assunto sério que são as mazelas do Maranhão.

Como se pode observar no vídeo acima, publicado na íntegra pela emissora na internet, perguntei ao candidato da governadora Roseana Sarney (citada ontem pelo Jornal Nacional da Rede Globo em um esquema de propina envolvendo pagamentos de precatórios) e do senador José Sarney o que fazer para superar os indicadores sociais negativos do Maranhão.

“Boa pergunta… Ah, John…”, esperou o reticente Lobão Filho, alguns segundos, para depois responder:

“Deixa eu te dizer uma coisa, venha você também para o 15, sua mãe é 15, seu pai é 15, seu tio é 15, seu cachorro é 15, teu gato é 15 e até seu papagaio só fala em 15, venha você também para o 15″, disse o candidato, para a surpresa de todos. Sem ter o que responder, talvez quis Edinho mudar de assunto para não se complicar.

O vídeo, disponibilizado no canal da TV Guará no Youtube, não deixa dúvidas de que foi esta, de fato, a resposta de Lobão Filho.

A PERGUNTA

Na ocasião, citei alguns indicadores ruins do Maranhão – de 6,5 milhões de habitantes, 1,7 milhão de maranhenses está abaixo da linha de miséria (ganham até R$ 70 por mês); dos quase 7 milhões de maranhenses, existem mais de 4 milhões sobrevivendo na base do Bolsa Família; o Maranhão ter 64% da população passando fome; as três piores cidades em renda per capita (das 100 cidades com pior IDH, 20 são do Maranhão); apenas 6,5% dos municípios maranhenses terem rede de esgoto – e questionamos, diante desses aspectos prejudiciais para o estado, o que o candidato Lobão Filho pensava como proposta de governo no intuito de mudar essa realidade.

Ainda levantei a questão de Edinho Lobão ser apoiado pela governadora Roseana Sarney e ter em sua plataforma propostas idênticas a do plano de governo da então candidata Roseana em 2010, o que, por sua vez, dá a entender que sua administração seria a continuação do modelo oligárquico fracassado que aí está.